ARACAJU/SE, 25 de outubro de 2024 , 18:30:08

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G20: Lula adverte sobre eventual vinda de Putin ao Brasil no próximo ano

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou, nesta segunda-feira (4), que o líder russo, Vladimir Putin, será convidado para a cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, que vai ocorrer no Brasil em 2024. Putin é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. O Brasil é signatário do estatuto que criou a corte e, portanto, precisa cumprir as ordens expedidas pela instituição.

“Se Putin vai ou não, meu caro, ele vai ser convidado. Ele tem um processo, ele tem que aferir as consequências. Não sou eu queM posso dizer. É uma decisão judicial. Um presidente da República não julga as decisões judiciais, ele cumpre ou não cumpre. Putin está convidado para o G20 no Brasil, para o Brics no Brasil. Se ele comparecer, ele sabe o que vai acontecer, pode acontecer ou pode não acontecer. Ele não faz parte desse tribunal. Ele não é assinante desse tribunal, os Estados Unidos também não são. Como o Brasil é signatário, o Brasil tem responsabilidade”, afirmou Lula.

A cúpula dos líderes mundiais do G20 está marcada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Já a próxima reunião dos Brics (grupo que reúne países emergentes, composto originalmente de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ao contrário do que Lula afirmou na fala, vai ocorrer na Rússia, e não no Brasil. A declaração do petista foi dada ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim, na Alemanha.

Em setembro deste ano, Lula afirmou que Putin não seria preso, caso visitasse o Brasil. “Eu posso dizer que, se eu for presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que ele ser preso. Ele não vai ser preso”, disse o líder brasileiro na ocasião. O presidente foi advertido de que o Brasil é signatário do Estatuto de Roma, que instituiu o Tribunal Penal Internacional, mas disse que Putin só vai ser preso caso haja autorização do governo brasileiro.

Fonte: R7

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