Foto: Reprodução/MST
A Comissão Parlamentar de Inquérito a ser instalada pela Câmara dos Deputados para investigar quem financia grupos invasores de terras ganhou o apoio público de três governadores nesta terça-feira (25). Ao participarem de evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ratinho Júnior (Paraná) e Ronaldo Caiado (Goiás) se colocaram favoráveis à instalação da CPI do MST.
À frente do Executivo de Mato Grosso, estado que lidera o ranking de Valor Bruto de Produção (VBP) da agropecuária do Brasil, Mendes foi além de apoiar a instalação da CPI do MST. Para ele, é necessário endurecer as penas contra quem se dedica a invadir propriedades rurais.
“Felizmente, a FPA tem se mobilizado para que isso aconteça”, disse o governador mato-grossense. “Não podemos ter medo de tomar decisões dessa magnitude e tenho certeza de que ninguém concorda com invasões de propriedades em pleno 2023”, prosseguiu Mendes, segundo a própria FPA — colegiado que reúne mais de 300 deputados federais e senadores.
Na visão de Ratinho Júnior, é preciso saber quem são os financiadores de movimentos como o MST. Além disso, ele lembrou que invasões de terras acabam por prejudicar a produção de alimentos — sem contar o fator de levar insegurança jurídica aos produtores rurais do país.
“Só se pode ter sucesso e desenvolvimento se essa vocação (de produção de alimentos) contar com segurança jurídica e paz no campo, para que se invista e haja prosperidade”, afirmou o governador do Paraná. “O que a FPA está fazendo para descobrir os financiadores do MST é essencial. Precisamos cumprir a Constituição e respeitar a propriedade privada”.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também marcou posição em favor da instalação da CPI do MST. Para ele, a comissão pode ajudar para futuramente o Legislativo federal formular mais leis que visem a punir pessoas e grupos que se dedicam a promover invasões de terras Brasil afora.
“Precisamos de ações imediatas para acabar de vez com as invasões”, afirmou Caiado durante reunião da FPA. “(Invasão de terra) é crime e deve ser tratado na dureza da lei”, complementou o governador de Goiás.
Fonte: Revista Oeste