O governo federal empenhou de 2020 até o último dia 19 de novembro R$ 29 bilhões para bancar obras, equipamentos e convênios a partir das emendas de relator-geral, o chamado orçamento secreto. Desde valor, R$ 10,8 bilhões já foram pagos.
Os dados constam no ato do Congresso Nacional relacionado à execução das emendas de relator-geral no período. Como adiantou O Antagonista, as duas Casas desrespeitaram uma decisão do Supremo Tribunal Federal e omitiram o nome dos parlamentares que indicaram as chamadas RP9. Ou seja, sabe-se quanto se pagou, mas não quem mandou pagar.
Dos R$ 29 bilhões empenhados (ou seja, dinheiro que já foi reservado para pagamento), R$ 19,7 bilhões são referentes ao ano de 2020 e o restante relacionado ao ano atual. Já o que foi efetivamente pago, o governo federal quitou R$ 7 bilhões em 2020 e R$ 3,8 bilhões ao longo deste ano.
Para cumprir a decisão do STF, o Congresso Nacional divulgou dados como locais de destinação das emendas e partidos políticos dos prefeitos e governadores beneficiados. Mas o nome dos autores dos pedidos continuou em sigilo.
Na semana que vem, o Congresso Nacional, comandado por Rodrigo Pacheco (na foto à direita ao lado de Arthur Lira), fará uma sessão para regulamentar as emendas de relator-geral. A promessa é que, a partir de agora, seja disponibilizado o nome do autor da emenda secreta.
Fonte: O Antagonista