A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém-se em 29% entre os brasileiros, segundo a 164ª Pesquisa CNT de Opinião divulgada nessa terça-feira (17). O levantamento revela empate técnico nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026, com Jair Bolsonaro (PL) registrando 31,7% e Lula (PT), 31,1%, na pesquisa estimulada.
A avaliação negativa do governo recuou de 44% para 40% em comparação com o levantamento de fevereiro. Quanto ao desempenho pessoal do presidente, a aprovação oscilou de 40% para 41%, com desaprovação diminuindo de 55% para 53%.
Na preferência para o próximo presidente, observou-se empate triplo entre correntes: 33% preferem candidato alinhado a Bolsonaro, 31% optam por candidato ligado a Lula e 31% buscam alternativa não associada a esses grupos políticos. As simulações de 2º turno entre Lula, Fernando Haddad (PT), Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Republicanos) resultaram em empates técnicos em todos os cenários.
A pesquisa também questionou sobre as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação à tentativa de golpe, com 48% acreditando na existência do evento, enquanto 39% o negam – 46% apostam na absolvição de Bolsonaro e 40% preveem condenação.
Sobre tributação, o levantamento indicou que 82% consideram a carga fiscal injusta, e 74% avaliam mau uso dos recursos públicos. Para 56% dos entrevistados, os pobres suportam maior peso tributário, contra 23% que percebem distribuição equitativa.
Em propostas para equilíbrio fiscal, 59% defendem corte de privilégios de autoridades e 28% preferem redução geral de gastos.
O caso de descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é conhecido por 81% dos entrevistados. Entre eles, 24% culpam servidores, 19% responsabilizam o governo Lula e 26% consideram todos os envolvidos corresponsáveis. A atuação governamental no episódio é vista como positiva por 24% e negativa por 34%.
Sobre regulação de redes sociais, 52% defendem algum controle, principalmente contra notícias falsas (50%) e crimes virtuais (45%). Quanto à responsabilidade, 37% confiam nas plataformas, 31% preferem autorregulação dos usuários e 30% indicam o Judiciário. Para 62% dos brasileiros, as redes sociais têm influência significativa nas eleições.
O estudo identificou melhora nas expectativas dos brasileiros para emprego, renda e saúde nos próximos seis meses. As perspectivas para educação e segurança pública, contudo, pioraram em relação à pesquisa anterior.
Metodologia
A pesquisa CNT/MDA foi realizada de 7 a 11 de junho, com 2.002 entrevistas em 475 municípios de todas as regiões do país. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,2 pp.
Fonte: Poder360