ARACAJU/SE, 9 de dezembro de 2024 , 8:36:36

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“Governo não tem votos sequer para aprovar urgência dos PLs”, afirma Lira em relação ao pacote do corte de gastos

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira (4), que a base aliada do governo Lula não possui votos suficientes para aprovar o regime de urgência dos projetos de corte de gastos. O governo enviou os textos ao Congresso na última semana, buscando aprovação ainda neste ano para demonstrar responsabilidade fiscal ao mercado.

“Hoje, o governo não tem votos sequer para aprovar as urgências dos PLs (projetos de lei). A PEC, eu a coloquei na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), pedi para ser extrapauta e foi retirada a pedido do governo, porque acho que não tinha a certeza de ter os mínimos votos para aprovar a admissibilidade da PEC na CCJ”, explicou Lira.

Para acelerar a tramitação, é necessário aprovar o regime de urgência, que permite a votação direta no plenário da Câmara, sem passar pelas comissões. Para isso, são necessários 257 votos, a maioria absoluta.

Os pedidos de urgência estavam na pauta de terça-feira (3), mas a análise foi adiada devido à insatisfação dos parlamentares com a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu novas regras para o pagamento de emendas.

Deputados consideram a decisão mais rígida do que a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula.

Ansiedade e turbulência na Câmara

Lira, em evento do site Jota, afirmou que a situação atual é de “muita ansiedade, de muita turbulência interna” na Casa. E isso dificulta a aprovação dos projetos e das urgências. Ele mencionou que o governo não tem votos suficientes nem para aprovar a admissibilidade da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

De qualquer forma, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que vai correr com os pedidos de urgência em votação nesta quarta-feira (4). Segundo ele, trabalhando para obter os 257 votos necessários. Ele acredita que o Congresso não faltará com sua responsabilidade.

A decisão de Flávio Dino foi confirmada por unanimidade pelo plenário do STF na noite de terça-feira (3). A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou um pedido de reconsideração de trechos que, na avaliação do Executivo e Legislativo, ultrapassam a lei sancionada por Lula.

Fonte: R7

 

 

 

 

 

 

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