ARACAJU/SE, 28 de outubro de 2024 , 17:23:00

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Greve geral promete parar Sergipe na próxima segunda, 19

Da redação, Correio de Sergipe

Está prevista para esta segunda-feira (19), uma greve geral em todo país. Os protestos contra a Reforma da Previdência ocorrerão em diversos estados do Brasil. Em Sergipe, diversos sindicatos, associações e centrais sindicais irão aderir ao que eles intitulam como ‘luta nacional’.

De acordo com Roberto Silva, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), vai haver ato de fechamento do comércio e impedimento da saída dos ônibus do transporte público das garagens. “A programação de atividades da Frente Brasil Popular prevê, durante a madrugada e manhã de segunda, diversas atividades de protestos, inclusive, nas portas de garagens e comércio, tanto na capital quanto no interior do estado”, diz o sindicalista em entrevista ao jornal Correio de Sergipe (CS).

Roberto Silva reforça ainda que, no período da tarde, a partir das 14h, haverá ato público unificado dos servidores do Estado, no Palácio dos Despachos, na capital sergipana, contra os constantes parcelamentos e atrasos no pagamento dos salários.

Para o CS, o comandante do policiamento militar da capital, tenente- Coronel VivaldyCabral Santos, disse que a polícia não faz plano de operação para baderna e informou que a PM espera que os protestos desta segunda ocorram com respeito e ordem, como nas outras vezes. “Estaremos atuando normalmente. Tropas ficarão de prontidão na possível necessidade”, finaliza.

Sindicatos

Durante o último protesto realizado na manhã de 5 de fevereiro, em frente ao Sergipeprevidência, 14 sindicatos aprovaram a greve geral através de uma assembleia unificada reunindo trabalhadores organizados na Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), CTB, Nova Central, Sintese (professores), Sindasse(Assistentes Sociais), Sindinutrise (Nutricionistas), Sinpsi (Psicólogos), Sindijus (Judiciário), Grupo Atitude (Trabalhadores da Saúde), Sindifisco (Auditores), Sintrase (Servidores), Sinter, Sintasa (Saúde), Simpol (Policiais), Senge (Engenheiros) e o Sindicato dos Enfermeiros.
Dirigente da CUT nacional, a professora aposentada ngela Melo já havia dito que depois do carnaval a luta ia continuar. “Nunca sabemos quando vamos receber salário. Os aposentados de Sergipe estão sendo humilhados. Não podemos aceitar calados a Reforma da Previdência”, diz.

Decreto

Foi assinado nessa sexta-feira (16), pelo presidente Michel Temer, um decreto que institui a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública”. No período de intervenção, que neste caso vai até 31 de dezembro, nenhuma mudança na Constituição pode ser feita. De acordo com Temer, porém, quando a Reforma da Previdência estiver pronta para ser votada no Congresso, ele poderia fazer cessar a intervenção.

A reforma

A nova proposta de reforma da Previdência defendida pelo governo do presidente Michel Temer mantém as idades mínimas para aposentadoria aprovadas em comissão especial da Câmara dos Deputados e reduz o tempo mínimo de contribuição para trabalhadores do regime geral, segundo apresentação divulgada pelo relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). Pela proposta, divulgada pelo deputado durante reunião com lideranças da Casa e Temer no Palácio da Alvorada, as idades mínimas para aposentadoria serão de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens, com exceção para professores (60 anos para homens e mulheres) e policiais (55 anos para ambos os sexos).

Além disso, o tempo mínimo de contribuição previsto no texto é de 15 anos para os trabalhadores do regime geral (INSS) –ante os 25 anos previstos na proposta aprovada na Comissão Especial da Câmara. Para os servidores públicos, o tempo mínimo permanecerá em 25 anos. Nos dois regimes, os trabalhadores que quiserem receber o teto da aposentadoria terão de contribuir por 40 anos. No regime geral, quem contribuir pelo período mínimo de 15 anos receberá 60% da aposentadoria. No caso de servidores, quem completar 25 anos de contribuição terá 70% do benefício.

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