A edição mais recente da IstoÉ traz em sua capa uma imagem do presidente Bolsonaro com o bigode de Hitler, onde se lê “genocida”, e a manchete “as práticas abomináveis do mercador da morte”.
Cartazes colados na sede da editora mostram o rosto de um membro da empresa com os dizeres “sou vacilão” e, no lugar do título da edição, a frase “mercador de merda”. O fato ocorreu na quarta-feira (20) por volta das 23h, segundo funcionários da editora. A segurança do local foi reforçada e uma viatura da polícia permanecerá na sede nos próximos dias.
Na semana passada, o vereador Carlos Bolsonaro postou a capa da revista em suas redes sociais e afirmou que tomaria medidas judiciais contra a editora. O filho do presidente defendeu “limite” para a liberdade de expressão e escreveu que “esta mesma imprensa se vitimiza e exige respeito do presidente Jair Bolsonaro”. Já a Advocacia-Geral da União cobrou direito de resposta da publicação e pediu que ela seja relançada com uma capa alternativa.
Em nota, a empresa disse considerar que o ato representa “uma tentativa de ameaça à democracia, à liberdade de expressão e à imprensa livre, democrática e independente”. A editora afirmou ainda que acionou a polícia e tomou as medidas necessárias para denunciar e identificar os autores do ataque.
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