ARACAJU/SE, 26 de novembro de 2024 , 20:42:55

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Igualdade racial é tema de debate na Câmara Municipal de Aracaju

A Tribuna Livre da última terça-feira, 21, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), abordou questões cruciais relacionadas ao estatuto de igualdade racial e intolerância religiosa, bem como à negligência enfrentada pela população negra na cidade. A sessão contou com a participação da presidente da Associação de Mulheres e Adolescentes Negras de Sergipe (Amanser), Maria Elisângela Santos.

Durante sua intervenção, a representante da Amanser instou os vereadores a dedicarem atenção especial a um projeto de lei em tramitação na Casa, de autoria do vereador Breno Garibalde (União Brasil), que versa sobre o Estatuto da Igualdade Racial e Intolerância Religiosa. Maria Elisângela Santos lamentou o atraso na implementação do estatuto em Aracaju desde a sua aprovação nacional em 2010.

Segundo a presidente da associação, Aracaju enfrenta desafios significativos na promoção de políticas públicas voltadas para a população negra. Maria Elisângela Santos ressaltou a dificuldade em abordar questões negras na esfera pública e solicitou que os vereadores direcionem seus esforços para desenvolver políticas públicas eficazes para essa comunidade, especialmente considerando o próximo ano eleitoral.

Para Maria Elisângela, é imperativo que o poder público dedique atenção especial à população negra e destacou a necessidade de criação de uma secretaria específica para desenvolver políticas eficientes. Ela expressou sua sensação de desamparo nas questões mais básicas e solicitou a intervenção dos vereadores junto ao prefeito.

A representante enfatizou a importância do projeto em tramitação, pedindo aos vereadores que examinem detalhadamente o estatuto, destacando a vulnerabilidade da população negra de matriz africana. Ela alertou para a gravidade da situação, apontando que Sergipe é o estado que mais registra mortes e encarceramentos dessa população.

Intervenções dos Vereadores

O vereador Breno Garibalde reconheceu a parcela de culpa do poder público na problemática, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais intensa para combater o preconceito.

Já o vereador Bigode do Santa Maria (PSD) destacou a persistência das desigualdades sociais ao longo da história, comparando-as a uma forma silenciosa de escravidão, especialmente nas periferias.

A vereadora Emília Corrêa (Patriotas) expressou solidariedade ao sofrimento da população negra, reconhecendo a urgência de discussões sobre legislação e indicando seu apoio ao projeto.

O vereador Sargento Byron (Republicanos) compartilhou sua experiência pessoal de enfrentar o racismo diariamente, enfatizando a necessidade de políticas públicas efetivas para a igualdade racial.

A vereadora Professora Sonia Meire (Psol) destacou a importância do diálogo com os movimentos negros para avançar na questão dos direitos, reconhecendo a relevância da fala de Maria Elisângela Santos.

Com informações da CMA. 

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