A liderança, por parte do vereador Renato Freitas (PT), de uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, no sábado (5), durante uma missa, gerou uma onda de reações negativas à conduta do parlamentar nesta segunda-feira (7).
Num momento em que o Partido dos Trabalhadores (PT) busca se aproximar de eleitores cristãos para obter apoio para as eleições deste ano – inclusive com o anúncio do lançamento de um podcast direcionado ao público evangélico –, o vereador petista recebeu uma série de críticas, até mesmo de pessoas ligadas à esquerda, por ter conduzido dezenas de pessoas, com bandeiras do PT e do PCB, a entrar à força no templo.
Na ocasião, dezenas de manifestantes, com bandeiras do PT e do PCB, invadiram a igreja gritando palavras como “racistas” e “fascistas” antes e durante a invasão. O ato foi organizado como protesto contra o racismo em razão do assassinato de Moïse Mugenyi.
Nesta segunda-feira (7), após a publicação do caso pela Gazeta do Povo, houve diversas manifestações públicas de parlamentares federais, estaduais e municipais, além do pré-candidato à presidência da República Sergio Moro (Podemos). A Arquidiocese de Curitiba e até mesmo a Anajure, entidade que reúne juristas evangélicos, publicaram notas condenando o ato. A Anajure ressaltou que a liberdade religiosa é assegurada pela Constituição Federal e que a invasão ao templo pode ser passível de sanção penal.
Na Câmara Municipal de Curitiba, o dia foi marcado por manifestações de repúdio à atitude de Freitas e contou com a articulação, por parte dos vereadores da casa legislativa, de possível cassação de mandato do petista.
Fonte: Gazeta do Povo