ARACAJU/SE, 27 de outubro de 2024 , 11:18:57

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Jackson admite que pode trocar de partido se PMDB apoiar candidatos do PSDB em 2018

Da redação, Joângelo Custódio

 

O governador Jackson Barreto (PMDB) admitiu nesta terça-feira (27), que está, de fato, analisando se troca o PMDB, sigla que defende há 23 anos, pelo novato Podemos, antigo Partido Trabalhista Nacional (PTN). O chefe do Executivo confirmou que se reuniu com a presidente nacional do Podemos, a deputada federal por São Paulo, Renata Abreu, e recebeu o convite para ingressar na legenda.

A possível mudança de bandeira partidária não aconteceria à toa, por devaneios tolos. É verdade que a relação do governador com o presidente da República e do PMDB, Michel Temer, está abalada desde o dia em que Jackson, loquaz, defendeu publicamente que era contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), deposta pelos congressistas em agosto do ano passado.

“Nós recebemos o convite da deputada Renata e nós não vamos tomar nenhuma posição neste momento, até porque ninguém conhece as regras do jogo. Daqui até o mês de setembro, surgirão muitas novidades políticas no país e, do jeito que as coisas estão caminhando, cada dia com novidades negativas, ninguém sabe aonde é que vamos chegar. Eu acho que, qualquer decisão nesse momento, não é politicamente correta. É preciso clarear mais e ter uma noção exata do que vai acontecer com nosso país para sabermos um pouco as regras do jogo que serão estabelecidas para 2018”, afirmou categoricamente o governador.

Além disso, o diretório nacional do PMDB está decidido a apoiar os candidatos do PSDB, principalmente o de presidente da República, nas eleições de 2018 e isso, para Jackson, seria o ponto final em sua história limpa de militante com a sigla que nunca elegeu um presidente pelo voto popular diretamente.

“Estamos analisando. Há muita pressão dentro do PMDB, até porque muita gente do PMDB não quer participar do processo eleitoral do próximo ano, porque há também uma discussão nacional de que o PMDB será aliado para defender o candidato do PSDB e é impossível isso acontecer em Sergipe”, redarguiu Jackson.

Insatisfação

Perguntado se está insatisfeito com o presidente Michel Temer, o governador foi taxativo. “Não digo insatisfeito, mas acho que o estado de Sergipe merecia uma atenção melhor do presidente da República, porque eu sou governador pelo PMDB e nós temos uma história ao longo das nossas vidas com o partido e precisava de uma atenção melhor. Eu sei que ficou ressentimentos por causa da história do impeachment. Mas eu dediquei uma parte de minha história à democracia, à luta contra a ditadura e não iria defender impeachment, não vou e não defenderei. Se o preço é o estado de Sergipe pagar por minha posição, eu não vou recuar de minha posição, respeito o presidente Temer”, respondeu o governador.

 

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