Na tribuna da Câmara dos Deputados, na sessão desta segunda-feira (9), João Daniel (PT/SE) repudiou o assassinato dos caciques Firmino Silvino Praxedes Guajajara e Raimundo Guajajara, no Maranhão. Ele fez referência à Nota Pública emitida pelo Núcleo Agrário da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, o qual ele coordena, em repúdio a esse brutal ataque que resultou na morte das duas lideranças indígenas.
“Trinta dias atrás aconteceu o assassinato de Paulo Paulino Guajajara, outra liderança desse povo indígena, na mesma região. A responsabilidade por resguardar a segurança e a integridade dos indígenas é da União e é de conhecimento público internacional que o presidente Jair Bolsonaro e o seu governo queriam acabar com a Funai e todas as políticas indigenistas”, disse. O deputado lembrou que o mundo inteiro, em especial na COP 25, em Madri, na Espanha, debate a questão ambiental em todo planeta e a importância dos povos indígenas como guardiões da natureza e cita nosso país como exemplo em que mais duas lideranças são assassinadas.
Para João Daniel, Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, são responsáveis diretos pela apuração direta e respondem por nada ter feito pelos povos indígenas, a não ser encorajar a grilagem, os latifundiários, mineradoras e garimpos contra os povos indígenas. “Os índios têm o direito sagrado e legal a essas áreas e lutam pela defesa da vida, das suas terras, das demarcações que faltam e esta é uma cobrança da nossa bancada e de todos os homens e mulheres que acreditam na democracia, na nossa Constituição e no respeito à vida”, ressaltou.
João Daniel registrou sua solidariedade à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a toda nação indígena Guajajara e aos familiares das lideranças que foram assassinadas. “Fica aqui a nossa cobrança permanente para que haja a apuração e punição dos assassinos e mandantes dessas mortes dos indígenas”, frisou. Ele acrescentou que estará, por convicção, sempre na defesa da luta pela terra, pelos direitos dos povos indígenas e a apuração e punição de mandantes e assassinos de todos os indígenas e trabalhadores e trabalhadoras.
Fonte: Ascom Parlamentar