ARACAJU/SE, 5 de novembro de 2024 , 5:07:13

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José Augusto, presidente da Câmara, assume a Prefeitura de Carmópolis

Da redação, AJN1 

O presidente da Câmara de Vereadores do município de Carmópolis, José Augusto, assumiu o posto de prefeito da cidade na manhã desta quinta-feira (20), após o atual gestor, Beto Caju, e um secretário do município, serem afastados dos cargos por determinação do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), por força da operação Estroinas, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Sergipe, com apoio da Polícia Federal. As investigações apontam supostos desvios e fraudes praticados no âmbito de contratos do Município com empresas baianas, pagos com recursos públicos destinados ao combate da pandemia mundial da covid-19.

De acordo com o novo prefeito, as denúncias haviam chegado aos vereadores e que, inclusive, uma Comissão Parlamentar de Inquérito já havia sido instaurada no Parlamento.

“A gente sabe que, como presidente da Câmara, como aqui não tem vice-prefeito, está a qualquer momento disponível, em caso de afastamento do prefeito. Eu posso dizer que estou muito triste por saber que foi por motivo de investigação do Ministério Público. Estou com os pés no chão, é o maior desafio da minha vida política e vou tentar, junto com uma equipe, para resolver. Estamos, inclusive, dando encaminhamento a uma CPI, mas não pensava que as coisas estavam tão preocupantes. O antigo prefeito vai fazer a sua defesa e vamos trabalhar e trabalhar para tirar os funcionários dessa pendência”, diz o novo gestor.

João Augusto também destacou que a situação financeira do Município não é boa e, inclusive, a folha salarial dos servidores está atrasada há dois meses. “Quero resolver, principalmente, a questão do atraso do salário dos servidores. A Câmara havia recebido denúncia do chefe da Guarda Municipal, do diretor do Sindicato e dos funcionários. São dois meses de salários atrasados, além do décimo terceiro, férias, cargos de comissão que exonera e não paga rescisão, fora os fornecedores”.

E conclui: “Vou tentar, o período que eu passar, seja uma semana ou um mês, não sei, focar na saúde, na educação e ação social, além dos servidores. Vou trocar o secretariado também”.

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