O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirmou, nesta quarta-feira (6), que falta apenas uma assinatura para protocolar no Senado o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo Zucco, a 40ª assinatura foi do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que estava indefinido. Para que o pedido seja apresentado, são necessárias 41 assinaturas.
Nos últimos dias, a senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), também confirmou apoio. Zucco e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disseram que seguem negociando com outros parlamentares para atingir o número mínimo ainda hoje.
Caso seja admitido, será a primeira vez que o Senado analisará um pedido de impeachment contra um ministro do STF.
Alcolumbre e Motta ensaiam resposta a impasse da obstrução dos trabalhos no Congresso
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem conversado desde terça-feira (5) sobre uma saída conjunta para o impasse em torno da obstrução nos trabalhos do Congresso.
A ideia seria um posicionamento único do Senado e da Câmara sobre medidas para evitar a paralisia da pauta legislativa.
A mesa diretora da Câmara pediu uma reunião com Hugo para alinhar uma postura em relação à obstrução — especialmente depois da fala do vice-presidente, Altineu Cortes (PL-RJ), de que colocará em votação o projeto da anistia caso o presidente da Câmara viaje ao exterior.
Para parlamentares do centrão, Hugo e Alcolumbre precisam fazer um aceno à oposição diante do que descrevem como um desconforto generalizado depois de ameaças do governo americano sobre sanções a autoridades brasileiras.
Por isso, não descartam a possibilidade de a Câmara votar um texto consensuado sobre anistia para encerrar o embate.
Uma versão alternativa do PL da Anistia, como antecipou a CNN, estava sendo discutida entre Hugo e Alcolumbre. Bolsonaro também participava das negociações.
Essa versão não contemplaria o próprio Bolsonaro. O texto focaria na tipificação, em só crime, do que hoje tem dois enquadramentos distintos: tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito.
A ideia do projeto “light” de anistia é reduzir as penas totais de quem já foi condenado e, com isso, acelerar a liberdade de pessoas que já cumpriram tempo de suficiente de condenação.
Fonte: CNN Brasil