O pedido de socorro aos empresários, comerciantes e trabalhadores ligados aos setores de bares, restaurantes e eventos também foi feito pela bancada do Cidadania na Alese que apresentou uma indicação a Belivaldo Chagas com uma série de medidas a serem tomadas a fim de amenizar os prejuízos já contabilizados por conta das medidas restritivas, alinhada com o apelo também apresentado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Sergipe (Abrasel/SE) ao governador.
Para Kitty Lima, as medidas anunciadas por Belivaldo se mostram insuficientes por não atenderem a real necessidade pela qual empresários e trabalhadores estão precisando diante de um cenário de crise.
“A pior distorção entre as medidas é o valor do auxílio proposto e o recorte de quem será beneficiado pelo auxílio, pois visa beneficiar apenas aqueles inscrito no CadÚnico e exclui do recebimento aqueles que já recebem o Bolsa Família, por exemplo. Ficam de fora todos afetados que não estão inscritos no Cadúnico e que já recebem o Bolsa Família, o que na minha visão, deveria ser uma soma de esforços entre o Governo Federal e Estadual para o socorro às famílias. Além disso, o valor de R$ 200 durante três meses apenas não recompõe a renda dessas famílias, são homens e mulheres chefes de família que precisam colocar o que comer dentro de casa e esse valor não é o suficiente”, aponta Kitty.
Sobre as medidas de auxílio aos empresários em relação ao gás, Belivaldo anunciou que os estabelecimentos com consumo de até 500m3 por dia e com débitos junto a Sergas poderão entrar em contato com a empresa para regularizar as dívidas, para assim, terem acesso ao plano de parcelamento dos meses em aberto, o que para a deputada Kitty Lima mostra uma total incoerência e incompreensão a quem realmente está precisando de auxílio nesse momento de dificuldade.
“O que vemos neste caso é uma cobrança velada de quem já está em débito com as concessionárias, pois obriga o beneficiário a regularizar sua situação de inadimplência para que tenha o benefício, e a negociação oferecida incorre sempre em juros e multa. Isso não ajuda em nada os empresários e comerciantes que estão há meses enfrentando uma verdadeira batalha para se manterem em funcionamento e garantir empregos e que, por conta disso, acabaram contraindo débitos”, critica Kitty.
Já sobre a questão dos débitos com a Deso – outro pedido feito pelos setores ao Governo do Estado em busca de uma solução viável a fim de evitar cortes no fornecimento de água – o governador Belivaldo Chagas não apresentou nenhuma proposta de anistia ou plano para quitação das dívidas.