O ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suceder o ministro Luís Roberto Barroso após sua aposentadoria antecipada no STF (Supremo Tribunal Federal).
A despeito de Messias ser o candidato mais forte, também são cotados o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas e a presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha.
Barroso anunciou nesta quinta-feira (9), no fim da sessão plenária do Supremo, que vai deixar o tribunal nos próximos dias. Indicado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro ficou por 12 anos na Corte.
Nos bastidores do STF, o nome de Messias é dado como certo. Os ministros têm lembrado que Lula, na ocasião em que nomeou Flávio Dino, já havia sinalizado que o AGU seria o seu próximo escolhido, se houvesse oportunidade.
Messias, por sua vez, optou por submergir. Segundo a CNN Brasil apurou, ele tem evitado responder a mensagens até mesmo de aliados. O objetivo, dizem assessores do governo, é sair dos holofotes e evitar ruídos que atrapalhem a sua escolha.
Na magistratura, a torcida é por Pacheco, que tem o apoio dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Ele também é o preferido de boa parte de seus colegas, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Lula, no entanto, tem afirmado que prefere Pacheco na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026.
O petista também tem indicado a interlocutores que, caso seja reeleito para um novo mandato no ano que vem, Pacheco pode ser uma opção para as três indicações que precisarão ser feitas ao Supremo entre 2027 e 2030.
Já Maria Elizabeth caiu nas graças do presidente por sua postura à frente do STM. Seu nome tem a simpatia da primeira-dama Rosângela Silva, que defende um maior número de mulheres na Suprema Corte.
No entanto, fontes próximas de Lula afirmam que o critério de diversidade – seja de gênero ou de raça – não é prioritário para ele neste momento. O presidente prefere indicar alguém em quem tenha estrita confiança.
Fonte: CNN Brasil