A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou, em entrevista à Veja, que pode vir a se candidatar a um cargo do Legislativo, sem especificar qual deles.
Ela deu a declaração ao comentar sobre críticas de adversários no começo do ano. Segundo Michelle, que hoje ocupa o cargo de presidente do PL Mulher, esses ataques teriam aumentado com a possibilidade de sua entrada em futuras eleições, o que ela admitiu, na entrevista, que pode vir a acontecer no futuro.
“Percebi que os ataques a mim aumentaram quando levantaram a possibilidade de uma candidatura. Hoje estou no PL porque acredito no propósito, na missão. Agora, se no meio do caminho o meu coração arder, eu posso até vir a ser candidata a um cargo do Legislativo”, disse.
Michelle também falou sobre as joias sauditas recebidas por Jair Bolsonaro – outro assunto que diz ser motivo de ataques. Segundo ela, tentaram responsabilizá-la por algo de que não tinha ciência.
“O erro aconteceu no fato de a assessoria do Ministério de Minas e Energia não ter comunicado a minha assessoria, já que era um presente endereçado à primeira-dama. A gente nunca ficou sabendo disso. No final de 2022, chegou aquele kit masculino no Alvorada. Se chegou ali, já tinha passado por todo um trâmite da Presidência da República. Nunca vi, não sei nem qual é o modelo, e tem gente que acha que eu estou com elas”.
Michelle também negou ter contato direto com o ex-ajudante de ordens do marido, Mauro Cid, que está preso desde o dia 3 maio e é investigado no âmbito do inquérito que apura a inclusão de informações falsas no cartão de vacina de integrantes das famílias dele e do ex-presidente. Segundo ela, sua relação com Cid é “nenhuma”.
“O meu contato com ele se dava por meio das minhas assessoras. Ele pagava minhas contas pessoais porque era ele quem ficava com o cartão da conta-corrente do meu marido”, disse.
Michelle vai estrelar campanha de filiação ao PL
Na tentativa de arregimentar apoio para a campanha municipal de 2024, o PL lançará uma campanha nacional de filiação que será estrelada por Jair e Michelle Bolsonaro.
Os primeiros vídeos foram gravados pelo partido e serão veiculados em junho, no tempo destinado à legenda na propaganda partidária.
Com a filiação de Bolsonaro ao PL, em 2021, o partido ganhou em torno de 10 mil filiados em todo o país. O crescimento, no entanto, estacionou após a derrota de Bolsonaro, somando hoje 770 mil filiados.
A expectativa da legenda é chegar a um total de 1 milhão de filiados até a disputa municipal de 2024, aproximando-se de partidos como MDB, PT e PSDB.
Com esse propósito, Bolsonaro e Michelle pretendem intensificar agenda de viagens pelo país no segundo semestre.
Além disso, o PL tem feito ofensiva sobre prefeitos do interior paulista, sobretudo do PSDB, partido que deixou de governar São Paulo após cerca de 30 anos.
Fonte: CNN Brasil