ARACAJU/SE, 5 de fevereiro de 2025 , 16:56:38

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Ministro da Fazenda diz que queda do dólar e safra ‘muito forte’ podem ajudar a reduzir preço dos alimentos

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nessa terça-feira (4), que a queda do dólar e uma eventual safra muito forte são dois fatores que podem ajudar a reduzir o impacto da inflação no preço dos alimentos. Até o momento, o governo federal ainda não apresentou uma medida para frear a alta no custo dos produtos, que afeta principalmente o orçamento das famílias mais pobres.

“O dólar estava a R$ 6,10 e agora tá R$ 5,80. Isso ajuda muito. (Com a) ação do Banco Central (BC), a ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso certamente vai favorecer. E estou muito confiante de que a safra desse ano, pelos relatos que tenho tido do pessoal do agronegócio, vai ser muito forte e isso também vai ajudar”, afirmou Haddad.

A declaração foi dada pelo ministro após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad foi questionado sobre a ata divulgada mais cedo pelo Banco Central. O documento cita que o cenário de inflação no curto prazo segue adverso e um dos principais pontos é a alta significativa dos alimentos. O episódio é explicado em função da estiagem observada ao longo do ano e da elevação dos preços das carnes.

Ata do Copom

No documento, a parte técnica do BC argumenta que a inflação deve permanecer acima do limite nos próximos seis meses. Além disso, o órgão monetário contou que a decisão de aumentar a taxa de juros em 1 ponto percentual foi unânime e contou com o apoio de Gabriel Galípolo, novo presidente da instituição e indicado por Lula. Os membros falaram ainda em manutenção da taxa em março.

“(O comitê) entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, afirma o documento.

Haddad foi questionado sobre a meta e argumentou que a mudança no sistema permite essa acomodação. “Nós temos uma meta contínua e isso faz com que o BC possa apresentar um plano de trabalho consistente para trazer a inflação para a meta com mais racionalidade do que acontecia antes da mudança do regime de metas. A meta contínua permite uma melhor acomodação, e eu penso que o BC vai ter tempo de analisar o patamar de juro restritivo, se vai manter, e por quanto tempo, para conseguir esse objetivo”.

Reunião com Lula

Durante a reunião com Lula, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, Haddad discutiu o veto dado ao pacote da reforma tributária, especificamente sobre fundos imobiliários. O ministro destacou encontros com o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e novas reuniões com atores do agronegócio, a fim de “harmonizar a lei complementar”.

“O veto se deu pelo fato de haver uma desarmonia no texto. E nós encontramos uma solução para harmonizar e, segundo relatos, contempla os dois setores. Depende de uma emenda na lei complementar ou uma nova lei complementar”, afirmou. Haddad acrescentou que vai discutir o tema com o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para entender qual será a melhor forma de enviar o texto ao Congresso Nacional.

Fonte: R7

 

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