Durante sua participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) vendem armas para o crime organizado.
“Nenhum dos propagadores do armamentismo vai dizer que todos os que têm registro de CAC têm asas e são anjos”, declarou o ministro nesta terça-feira (28). “Um ou outro escapa, infelizmente. Em vez de esses irem lá e darem o tiro esportivo — que a pessoa gosta e pode dar —, estão vendendo arma para o PCC e o Comando Vermelho. Isso existe. Vamos fechar as portas para cometimento de crimes. É disso que se trata o Decreto 11.366/2023, que adotamos sob a liderança do presidente Lula”.
Dino foi convidado para prestar esclarecimentos na CCJ. Ele explicou as ações que foram adotadas pelo Governo Lula durante os atos de 8 de janeiro, que culminaram com a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Além disso, ele também falou sobre o decreto de armas do governo e sobre sua visita ao Complexo da Maré. A audiência começou às 14h. Dino é o primeiro ministro do governo petista a dar explicações à Câmara, a convite dos deputados tanto da base como da oposição.
Segundo o ministro, a ação de recadastramento dos CACs, criticada pela oposição, resultou em mais armas recadastradas do que cadastradas. “As pessoas estavam na ilegalidade e vieram para a luz da lei”, explicou Dino.
Fonte: Revista Oeste