ARACAJU/SE, 26 de novembro de 2024 , 14:29:28

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MP pede investigação contra filho da ministra da Saúde

 

O Ministério Público (MP) encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma representação para que o filho da ministra da Saúde, Nísia Trindade, seja investigado. A solicitação ocorreu ontem (11).

Márcio Lima Sampaio, filho da ministra, foi indicado para chefiar a Secretaria de Cultura de Cabo Frio (RJ) em 5 de janeiro. Antes, no fim de 2023, o Ministério da Saúde destinou R$ 55 milhões à cidade. O direcionamento da verba ocorreu por meio de uma portaria, que foi publicada em 5 de dezembro.

O subprocurador Lucas Rocha Furtado, no MP, afirmou que, apesar de os recursos serem demandas de gestões anteriores, “causa espécie” que a nomeação e a liberação de verbas tenham um mês de intervalo entre elas.

A representação também cita que Sampaio, que é músico, não tem qualquer experiência na área de gestão pública.

Furtado afirmou que “a nomeação se mostra controversa e passível de questionamento, no momento que ela se deu após a liberação de ‘gorda’ verba pelo ministério dirigido pela mãe do nomeado, em uma espécie de ‘toma lá, dá cá’”.

O subprocurador solicitou ao TCU que adote “medidas necessárias a investigar possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa”.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que Nísia não teve nenhuma relação com a nomeação do filho para a Secretaria de Cultura de Cabo Frio.

Segundo a pasta, as demandas por verbas do município fluminense tiveram origem na administração anterior. Ainda de acordo com o órgão, foram atendidas seguindo critérios técnicos, assim como as demandas de outras cidades.

A Prefeitura de Cabo Frio também negou que a indicação de Sampaio tenha relação com a ministra. Segundo o Executivo municipal, o filho de Nísia foi escolhido para o cargo “por ser uma pessoa qualificada, jovem e envolvida com a classe cultural”.

Nas redes sociais, a ministra do governo Lula disse que as informações de que sua posição está relacionada à nomeação do filho são “notícias falsas”.

Fonte: Revista Oeste

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