O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (1º) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve enviar, até o fim do dia, a indicação do advogado Cristiano Zanin para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
A indicação é esperada e tida como certa desde a transição de governo, mas ainda não foi anunciada ou confirmada no “Diário Oficial” pelo Palácio do Planalto.
“Avalio positivamente. É alguém que reúne condições para ser ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse Pacheco.
O presidente do Senado confirmou ter se encontrado com Zanin na noite de quarta (31), como mostrou o blog do Valdo Cruz.
Os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre, também estiveram no compromisso, segundo o blog.
Quando a indicação for confirmada, o nome de Cristiano Zanin será enviado ao Senado. A indicação precisa ser aprovada na CCJ e no plenário.
A agenda oficial de Lula prevê uma reunião do presidente com Alcolumbre às 17h, no Palácio do Planalto. A sabatina de Zanin deve ser pauta do encontro.
Jantar de articulação
O blog do Valdo Cruz mostrou que o jantar desta quarta já faz parte das articulações para a aprovação do nome de Zanin pelo Senado ainda no mês de junho, antes do recesso parlamentar, em julho.
O último ministro indicado ao STF teve um embate com Davi Alcolumbre. André Mendonça, nomeado por Bolsonaro, ficou na geladeira durante meses até que o presidente da CCJ agendasse a sua sabatina.
Advogado de Lula que conseguiu reverter as acusações contra o hoje presidente, Zanin teve sua aprovação facilitada também pelo ministro Dias Toffoli.
O ministro, outro indicado por Lula, pediu transferência da Primeira para a Segunda Turma do STF, que é a que analisa casos da Lava Jato. Lewandowski atuava na Segunda turma e Zanin iria para ela. Agora, vai para a Primeira Turma.
Como Cristiano Zanin atuou em processos contra a Lava Jato, que inclusive ainda estão em tramitação, ele teria de acabar se declarando impedido para analisar esses casos, o que prejudicaria o funcionamento da Segunda Turma. Problema que foi solucionado com o pedido de transferência feito por Toffoli.
Fonte: G1