A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituía o voto impresso nas eleições brasileiras foi rejeitada pelo plenário da Câmara dos Deputados em sessão na noite desta terça-feira (10).
A matéria obteve apenas 229 votos favoráveis, sendo que eram necessários 308 votos dos deputados para que a proposta seguisse o rito.
A decisão do plenário da Câmara representa mais uma derrota para o governo de Jair Bolsonaro, uma vez que o voto impresso é uma das principais bandeiras do atual chefe do Executivo.
Outros 218 parlamentares votaram contra a matéria e um deputado se absteve, totalizando 448 votos na sessão.
O texto, de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), será arquivado.
Entenda
Rejeitada em comissão especial que analisou seu mérito, a PEC foi levada ao plenário pelo presidente da Casa,Arthur Lira(PP-AL), sob o pretexto de encerrar a discussão de uma vez por todas.
A proposta vem sendo defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e aliados. Em uma de suas vária defesas do que chamou de “voto auditável” – o atual sistema já é auditável e o que o presidente e seus aliados defendem é a impressão do voto – Bolsonaro chegou a dizer que não aceitaria o resultado das próximas eleições caso considere que elas não tenham ocorrido de maneira “limpa”.
Também elegeu como alvo favorito o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, a quem fez ataques pessoais e acusou de interferência indevida no processo legislativo. Barroso, que reafirma publicamente a segurança do atual sistema e a inviolabilidade das urnas eletrônicas, posicionou-se contra a PEC em audiências com parlamentares.
Fonte: Terra