ARACAJU/SE, 27 de outubro de 2024 , 5:25:49

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Pedido de prisão de Lula será analisado por Sérgio Moro

 

Da redação, AJN1

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o pedido de prisão solicitado à justiça nesta sexta-feira (2) pelo Ministério Público Federal (MPF). O pedido consta nas alegações finais do processo que apura um suposto pagamento de propina por parte da OAS, por meio da entrega de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e foi encaminhado ao juiz Sérgio Moro. O MPF pede ainda a condenação do ex-presidente e outros seis réus pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro e que cumpram as respectivas penas em regime fechado. Os procuradores também pediram que Lula seja condenado a pagar R$ 87 milhões em multas.

Na denúncia o MPF afirma que o apartamento seria entregue a Lula, como contrapartida por contratos que a construtora OAS fechou com a Petrobras, nos anos em que ele foi presidente da República. Ocorrendo o mesmo com o pagamento que a construtora fez à transportadora Granero, para que a empresa fizesse a guarda de parte do acervo que o ex-presidente recebeu ao deixar o cargo.

Ainda são réus na ação, o ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, e outros executivos da construtora, que foram acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva também era ré, mas teve nome excluído da ação penal após a morte dela, em fevereiro passado.

Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho, também tiveram as prisões solicitadas, mas no entendimento do MPF devem ter as penas reduzidas pela metade, “considerando que em seus interrogatórios não apenas confessaram ter praticado os graves fatos criminosos objeto da acusação, como também espontaneamente optaram por prestar esclarecimentos relevantes acerca da responsabilidade de coautores e partícipes nos crimes, tendo em vista, ainda, que forneceram provas documentais acerca dos crimes que não estavam na posse e não eram de conhecimento das autoridades públicas”.

Os procuradores destacaram ainda que nenhum deles fez acordo de delação premiada, embora tenham reconhecido durante os respectivos depoimentos, que todos estavam em tratativas para fechar as colaborações.As defesas dos réus têm até 20 de junho para contestar os argumentos do MPF, dentro do processo. Esta é a última fase da ação penal. Após todas as partes apresentarem as alegações finais, o processo volta ao juiz Sérgio Moro, que vai definir se condena ou absolve os réus.

*Com informações G1 Paraná

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