Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18) indica que o atual presidente da França, Emmanuel Macron, venceria a disputa pelo segundo turno das eleições no país com 56% dos votos sobre a candidata de extrema direita Marine Le Pen.
A pesquisa foi feita na sexta-feira (15) passada com 1.682 pessoas entrevistadas. A margem de erro varia de 0,7% a quase 2,5% e a previsão da participação dos eleitores franceses é de 72%.
No domingo (17), o partido de esquerda de Jean-Luc Mélenchon, que ficou em terceiro lugar nas eleições gerais, decidiu não apoiar nenhum dos candidatos que disputam o segundo turno, que acontece no próximo domingo (24).
O resultado das eleições define quem vai comandar a França, segunda maior economia da União Europeia, nos próximos cinco anos.
Como funciona a eleição?
Para eleger seu novo presidente, os eleitores franceses vão às urnas duas vezes.
Na primeira votação, no último domingo (12), candidatos concorreram entre si. Eles se qualificaram para a corrida garantindo o endosso de 500 prefeitos e/ou conselheiros locais de todo o país.
Macron e Le Pen receberam o maior número de votos, mas como nenhum deles ganhou mais de 50%, eles vão para um segundo turno, que também será em um domingo.
Esta não é a única votação nacional que a França enfrenta este ano – as eleições parlamentares deverão ocorrer em junho.
Quais são as datas mais importantes?
Macron e Le Pen realizarão um debate na noite da próxima quarta-feira (20), que será transmitido pelas emissoras francesas France 2 e TF1.
Já o segundo turno das eleições ocorrerá no domingo, 24 de abril. Os candidatos não podem fazer campanha no dia anterior à votação, ou no próprio dia da eleição, e a mídia estará sujeita a restrições rigorosas de reportagem desde o dia anterior à eleição até o fechamento das urnas.
O que os franceses estão esperando?
O inesperado.
No início de 2022, a eleição parecia ser um importante referendo sobre a crescente popularidade da extrema direita francesa. Já se passaram 20 anos desde que um presidente francês foi reeleito, então a votação estava se tornando uma das corridas políticas mais assistidas do país em décadas.
Até que a Rússia invadiu a Ucrânia.
Com os olhos da Europa voltados para a sangrenta guerra do presidente russo, Vladimir Putin, as prioridades mudaram rapidamente: estoques de munição, diplomacia de alto risco e até a ameaça de um ataque nuclear entraram no debate nacional.
Macron assumiu o papel de estadista da Europa, afastando-o da campanha, enquanto Le Pen foi forçada a recuar em seu apoio anterior a Putin.
Fonte: CNN Brasil