ARACAJU/SE, 3 de junho de 2025 , 7:44:51

PF marca depoimento de Bolsonaro em inquérito sobre filho para 5 de junho

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro deve depor à Polícia Federal (PF) na quinta-feira (5), às 15h, no âmbito do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O depoimento, que será feito na superintendência da corporação em Brasília, ocorre após o ministro da Corte Alexandre de Moraes mandar a PF ouvir Bolsonaro sobre ele ter afirmado ser o responsável financeiro pela manutenção do filho nos Estados Unidos.

A decisão do ministro foi tomada após um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar Eduardo Bolsonaro pela atuação dele nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O deputado federal licenciado será investigado por três crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Recentemente, o ex-presidente disse estar bancando as despesas do filho nos EUA com os valores que recebeu via Pix de apoiadores. “Eu estou bancando as despesas dele agora. Se não fosse o Pix, eu não teria como bancar essa despesa. Ele está sem salário e fazendo o seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior”, disse Bolsonaro em entrevista.

“O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um Judiciário parcial. Ele resolveu ficar por lá, nós conversamos quase todos os dias, mas são diálogos reservados. Quero que ele dispute o Senado em 2026, mas precisamos que os ventos mudem. Ainda não sei se ele retorna da licença, estamos na metade do prazo de 120 dias. Eu não quero ficar longe do meu filho, num afastamento familiar”, completou.

Pedido da PGR

Ao pedir a investigação sobre Eduardo, a PGR disse que o deputado federal licenciado tem buscado ativamente que o governo dos Estados Unidos imponha sanções a membros do STF, da PGR e da PF.

As sanções buscadas, descritas pela Procuradoria-Geral da República como “pena de morte civil internacional”, incluiriam a cassação de vistos, o bloqueio de bens e a proibição de relações comerciais.

De acordo com a PGR, essas ações visam a intimidar autoridades envolvidas em investigações e processos criminais que envolvem Jair Bolsonaro e aliados, configurando uma tentativa de obstruir a Justiça e interferir nos poderes constitucionais. A PGR defendeu, além da abertura de investigação sobre Eduardo, que Jair Bolsonaro fosse interrogado.

Fonte: R7

 

 

 

 

 

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