ARACAJU/SE, 23 de outubro de 2024 , 23:24:44

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PF pede inclusão de presidente do Solidariedade na lista da Interpol

 

A Polícia Federal pediu, nessa quinta-feira (13), a inclusão do nome de Eurípedes Gomes Júnior, presidente do Solidariedade, na Difusão Vermelha da Interpol, a rede internacional de polícias.

Se o pedido for aceito, o político passa a ser considerado um foragido internacional e procurado em 190 países que fazem parte do organismo policial.

O pedido foi feito pela Superintendência da PF no Distrito Federal, responsável pela investigação contra Eurípedes Jr sobre desvio de R$ 36 milhões do fundo eleitoral.

A solicitação é enviada ao escritório central da Interpol, em Lyon, na França, que começa o trâmite de análise. Até a noite da quarta-feira (12), o pedido ainda estava em verificação, segundo a PF.

Investigadores ouvidos pela CNN explicam que a espera faz parte do trâmite burocrático e que é normal demorar alguns dias. Mas, segundo eles, pelos crimes imputados ao presidente do partido, a expectativa é que o nome dele seja, de fato, incluído na lista vermelha da Interpol.

Eurípedes Jr. foi alvo da PF na quarta-feira (12) pela manhã. Contra ele, a PF tem um mandado de prisão preventiva, mas o político não foi localizado nem em casa, nem no aeroporto de Brasília, onde tinha um embarque agendado para viagem – e passou a ser considerado foragido.

Na operação, seis pessoas ligadas a ele foram presas e 45 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Um helicóptero no valor de R$ 5 milhões foi apreendido em Goiânia (GO). A Justiça ainda determinou bloqueio de bens no valor de R$ 36 milhões dos investigados.

Núcleos

Segundo a decisão da Justiça Eleitoral que autorizou a ação, à qual a CNN teve acesso, Eurípedes Júnior e seus familiares faziam parte da suposta operação criminosa que desviou R$ 36 milhões do caixa do partido dividida em quatro núcleos: Núcleo Central (Núcleo Duro); Núcleo de pessoas interpostas (Laranjas); Núcleo de Advogados; Núcleo de candidaturas laranjas no Distrito Federal.

Todas as pessoas listadas na decisão judicial como participantes do suposto esquema foram alvos de mandados.

Em nota, o Solidariedade disse que “são fatos ocorridos antes da união do Pros com o Solidariedade”. “Estamos tomando pé da situação e ainda não temos uma posição sobre os fatos”, disse o partido.

Fonte: CNN Brasil

 

 

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