Da redação, AJN1
Um novo pacto federativo, com uma redistribuição mais justa dos recursos para os municípios, é apontado pelo prefeito de Feira Nova, José Carlos dos Santos, o “Painho”, como essencial para que se consiga avançar na gestão. “Enquanto não tiver esse pacto federativo para redistribuir recursos, a gente não vai conseguir avançar muito. Vamos honrar compromissos por um período e deixar de honrar por outro. O cobertor é curto”, ressalta o prefeito, fazendo referência à situação financeira da grande maioria das cidades que se mantêm, principalmente, através do repasse do Fundo de Participação dos Municípios.
Painho lembra que o município é a base, é onde tudo acontece, mas a maior fatia do que é arrecadado fica com a União, depois vem o Estado e, por último, as cidades. “O município tem de ser ajudado de forma efetiva pelos governos federal e estadual, pois a distribuição que é feita com a arrecadação não atende a demanda. Ninguém mora na união, no estado. As pessoas moram nas cidades. É lá onde tudo acontece, onde o cidadão mora e cobra do prefeito, vice, vereadores e lideranças, que estão sempre em contato com o povo. São eles que conhecem a realidade e os problemas de saneamento, falta de assistência médica e de professor”, alega.
Apesar das dificuldades enfrentadas por conta dos parcos recursos, a administração de Feira Nova tem avançado nas áreas da Educação, Saúde e Assistência Social. “Nossa cidade depende muito da agricultura e da pecuária. Temos encontrado dificuldades, mas temos mantido o município com as certidões em dia, o que garante o repasse dos recursos extraorçamentários do governo federal”, ressalta Painho, acrescentando que outro entrave para o andamento da gestão é a realização do pleito eleitoral, onde se passa cerca de sete meses sem poder celebrar contratos. “Não se consegue contratar junto à Caixa, não recebemos autorização para licitar convênios. Por
mais que assine o contrato, não se licita. Aí o gestor fica esperando a eleição passar para poder trabalhar. Aí vem a crítica, porque a população questiona que o prefeito anunciou e não fez, mesmo com o deputado encaminhando a emenda”, diz.
Para manter as contas em dia e levar melhorias para comunidade, o gestor tem que realizar um verdadeiro malabarismo e, nesse caso, muitas medidas acabam sendo um remédio amargo, que desagradam até mesmo quem faz parte da base de apoio. “O gestor deve ter uma visão profissional e esquecer a questão político-partidária”, afirma Painho que, para não comprometer o pagamento do 13º salário dos servidores e também saldar obrigações com os fornecedores, tem sido obrigado a demitir. “Infelizmente tivemos que demitir médicos contratados e estamos exonerando cargos comissionados para conseguir fechar as contas. Se não fizermos isso não conseguimos pagar a
folha e os fornecedores”, explica.
Se o cenário atual não é tão promissor como se deseja, 2019 para ele aparece com uma perspectiva de mudança, seja no campo federal, com a gestão de Jair Bolsonaro (PSL), ou no Estado, com a reeleição de Belivaldo Chagas. “Acredito que o nosso país vai tomar um rumo diferenciado. O novo presidente vai inovar a gestão em todo o país, pois a partir dele, governadores, deputados estaduais e federais, senadores, prefeitos e vereadores terão um olhar diferente para gestão e o dinheiro público. O Ministério Público e o Judiciário estarão interligados com o Ministério da Justiça junto as ações que impeçam que os recursos públicos tomem rumos diferenciados. Esse é o desejo de todo cidadão. Não tenho dúvidas de que pelas propostas já apresentadas o país irá avançar, a economia vai melhorar”, opina o prefeito.
Na esfera estadual, Painho ressalta que Belivaldo foi reeleito com uma votação expressiva e, por sua experiência como homem público, vai saber corrigir possíveis erros na gestão passada na Saúde, Educação, Assistência Social e Segurança Pública. “Acredito em um novo Brasil e em um novo Sergipe”, conclui.