Da redação, AJN1
O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, garantiu ao governador Belivaldo Chagas, durante telefonema no início da tarde desta sexta-feira (21), que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) não será fechada. Ele disse que estará na primeira semana de outubro em Aracaju para estudar, de forma conjunta com o governo do Estado, alternativas para um projeto de viabilidade da fábrica que contemple redução de custos e melhoria de competitividade.
Comemorativo, o governador Belivaldo Chagas disse que está de braços abertos para recebê-lo e para aprofundar o estudo que a gestão estadual realizou e apresentou para a diretoria da empresa, o que motivou a decisão da Petrobras. “Uma conquista do povo de Sergipe. Recebo essa informação preciosa do próprio presidente da Petrobras, que não poderia chegar em melhor hora, já que inicialmente, havia uma previsão de se discutir o fechamento da Fafen já a partir do final de outubro. Com essa decisão, milhares de famílias que tiram seu sustento da Fafen e do seu entorno podem dormir sossegadas. Era isso que eu queria desde o início desse processo”, afirmou Belivaldo.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, José Augusto Pereira de Carvalho, acompanhado dos assessores José de Oliveira Júnior e Carlos Augusto Franco, além do ex-governador de Sergipe, Albano Franco, representaram o governador durante a reunião com a diretoria da estatal na tarde de hoje.
HIBERNAÇÃO
O governo de Sergipe foi informado do fechamento da Fafen no dia 19 de março, após telefonema do então presidente da Petrobras, Pedro Parente. O processo de hibernação, denominado pela Petrobras, estava previsto para acontecer em 1º de novembro deste ano.
A fábrica de Sergipe entrou em operação em 1982 e marcou um novo ciclo do desenvolvimento no estado, com a construção da adutora do Rio São Francisco, a ampliação da rede de energia elétrica, a revitalização da ferrovia que liga Sergipe à Bahia e ainda com a instalação do Terminal Portuário Ignácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros, a 36 quilômetros de Aracaju.
Ocupando uma área de 1 Km², a fábrica produz amônia, ureia fertilizante, ureia pecuária, ureia industrial, ácido nítrico, hidrogênio e gás carbônico.
Desde 2014, a Fafen conta com uma planta de produção de sulfato de amônio com capacidade para produzir até 303 mil toneladas/ano, o que equivale a 80% da importação da região Nordeste em 2014. O sulfato de amônio contém nitrogênio na composição e também é excelente fonte de enxofre, muito utilizado no cultivo de milho, cana-de-açúcar e algodão.