O ministro Edson Fachin disse que buscará a “racionalidade, diálogo e discernimento”, durante seu discurso de posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (29).
“Com serenidade, empenharei-me na preservação dos valores que moldam a identidade do Supremo Tribunal Federal”, disse. “Queremos racionalidade, diálogo e discernimento”, ressaltou.
Fachin apontou que o STF é o guardião da Constituição, do Estado de Direito Democrático e que, ao assumir a presidência, não estará submetido a “privilégios”, porém, para mais responsabilidades.
O ministro também cumprimentou Alexandre de Moraes, empossado como vice-presidente. “Divido a presidência com Alexandre de Moraes, que chegou a este Tribunal com uma carreira consolidada como jurista e professor de Direito Constitucional”, disse.
“Judiciário sofre com efeitos de disputas globais”
O ministro Edson Fachin afirmou, nesta segunda-feira (29), que o Judiciário “sofre com os efeitos de disputas globais”. A declaração ocorreu durante discurso de posse como presidente do STF.
“Sofre o Judiciário com os efeitos reflexos do cenário mundial de disputas pela hegemonia global entre nações e corporações econômicas com largos efeitos sobre nosso país”, disse.
A fala do novo presidente do Supremo ocorre em meio às sanções do governo dos Estados Unidos contra ministros da Corte, com a revogação de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, empossado como vice-presidente da Corte.
“O Brasil, assim como grande parte das nações, sabe a uma conjuntura econômica desafiadora marcada por variáveis interdependentes que extrapolam o campo estritamente econômico e repercutem também nas esferas sociais, políticas e judiciais. Jamais deixaremos de dialogar com os poderes econômicos”, prometeu o novo presidente do Supremo.
Fonte: CNN Brasil