O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que um projeto de autoria dele, que reduz o preço dos combustíveis no Brasil, deve começar a tramitar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na semana que vem. A declaração foi dada em entrevista ao jornalista Fábio Pannunzio nesta sexta-feira (5).
A proposta do parlamentar sergipano cria alternativas à política de preços da Petrobras, que atualmente determina o valor dos combustíveis a partir da cotação do dólar e da variação internacional do preço do barril do petróleo, favorecendo o lucro dos acionistas privados.
“O Brasil é o único país produtor de petróleo que tem essa paridade entre preço do petróleo e variação cambial transferida para o preço de combustível. Os países que não fazem isso no mundo são países que não produzem uma gota de petróleo, como é o caso do Japão”, criticou.
Rogério Carvalho declarou ainda que já pediu uma simulação de quanto seria o preço dos combustíveis caso o projeto dele, que prevê, por exemplo, a criação de um imposto de importação de petróleo cru para a composição de um fundo, fosse aprovado.
“Eu arrisco que nós não estaríamos pagando muito mais do que R$ 5,50 no litro de gasolina e R$4 no óleo diesel, se tivéssemos responsabilidade como país, responsabilidade com o funcionamento da economia como um todo”, defendeu.
Durante a entrevista, o parlamentar petista também criticou a política econômica do governo Bolsonaro e a falta de estoques reguladores, o que, segundo ele, dolarizou a economia brasileira em todas as frentes, gerando uma inflação absurda para o povo.
“O que mais dolarizou a nossa economia foram os derivados de Petróleo, Gas de Cozinha, óleo diesel, gasolina. Você imagina o que isso impacta na taxa de juros e o custo que o país tem que pagar para entregar e pegar dividendos a meia dúzia de grandes acionistas privados da Petrobras. É um desrespeito enorme com o povo brasileiro, a ausência total de governo. Por isso apresentamos um projeto para mudar essa regra.”
Por fim, Rogério Carvalho lamentou o fim do programa Bolsa Família. Segundo ele, o programa era feito em pareceria com todos os municípios e entes federados, por meio de um cadastro único, que permitia equalizar os repasses do benefício de cada família, e exigia contrapartidas, como vacina e presença da escola.
“Nós estamos substituindo uma coisa consistente por algo eleitoreiro”, concluiu.
Assessoria do senador.