Da redação, AJN1
Dados do do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia, divulgados nesta segunda-feira (29), indicam que Sergipe fechou o mês de julho com a abertura de 830 empregos formais. Apesar do saldo positivo, o estado teve o pior desempenho do Nordeste, ficando atrás de Alagoas (+1.937 postos); Piauí (+1.994 postos); Rio Grande do Norte (+2.458 postos); Paraíba (+4.130 vagas); Maranhão (+5.327 vagas); Pernambuco (+9.113 postos); Ceará (+10.108 postos); e Bahia (+13.318 postos).
Segundo o economista Luis Moura, Sergipe tem que recuperar sua identidade econômica. “Se antes era sentado na cadeia de petroleo e gás, com o esvaziamento da Petrobras no estado isso impactou significamente a economia sergipana. A Lei de Gás que prometia geração de emprego e atração de novos investimentos para o estado, não aconteceu, só está na promessa. Então tem que buscar uma nova identididade. É energia solar, é energia eólica, que tipo de atividade vai puxar o crescimento da economia sergipana, que é a mesma tendência da economia brasileira”.
No acumulado do ano, Sergipe registrou 65.504 admissões e 62.563 desligamento, gerando um saldo positivo de 2.941 novos postos de trabalho. Na avaliação do economista, o que chama a atenção é a Indústria que apresenta um saldo negativo de 2.107 postos de trabalho nesse período. “Isso é grave porque a indústria atrai os trabalhadores mais qualificados e paga em média os melhores salarios. Esse saldo negativo é extremamente ruim para indústria sergipana”, destaca Luis Moura.
O economista destaca que o setor de Serviços é extremamente importante para economia, mas ele depende da melhora de outros setores para crescer. “O Serviço sem recuperação salarial, sem recuperação do emprego em outros setores, tem suas limitações, porque depende muito da renda das pessoas para garantir o crescimento”. Ele considera, o setor de Serviços como o mais dinâmico da economia, apresentando a geração de 5.664 novos postos de trabalho de janeiro a julho, o que mostra a recuperação do Setor. Nesse período foram 29.534 admissões e desligados 23.870 trabalhadores.