Da redação, AJN1
Servidores ligados à área saúde do município de Aracaju se reuniram na tarde desta quinta-feira (17) com o gestor adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Carlos Noronha, para evidenciar que são contrários à terceirização emergencial da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva, situada na zona Norte de Aracaju.
Na ocasião, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), que representa outras 12 categorias, não descartou a possibilidade de uma greve geral caso a Prefeitura mantenha a terceirização. A classe também defende a realização de concurso púbico.
“Os representantes sindicais saíram insatisfeitos da reunião extraordinária da mesa de negociação. O secretário adjunto Carlos Noronha afirmou a continuidade da empresa privada na administração da UPA”, escreveu numa rede social a presidente da Seese, Shirley Morales, ao reforçar que a empresa Centro Médico do Trabalhador LTDA, contratada pela Prefeitura por seis meses, não tem competência técnica.
A sindicalista disse ainda que vai acionar o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas para identificar possíveis irregularidades no contrato.
Sobre a reunião com a categoria, a AJN1 não conseguiu contato com a assessoria de comunicação da SMS até o fechamento desta matéria.
Auditoria
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, informou no último dia 9, durante audiência pública pleiteada pelo Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindmed), que vai realizar uma auditoria especial no contrato de terceirização entre a Prefeitura de Aracaju e a empresa Centro Médico do Trabalhador LTDA, a qual passa a administrar a UPA Nestor Piva pelos próximos seis meses.
Para o presidente do Sindimed, João Augusto Alves de Oliveira, é preciso resolver essa “problemática envolvendo a assistência médica à população aracajuana”, provocada, segundo ele, “pela falta de planejamento de concurso público para provimento dos cargos da área de saúde da Prefeitura Municipal de Aracaju”.
Entenda
O que levou a Prefeitura de Aracaju a terceirizar o Nestor Piva foi a suspensão do contrato dos serviços dos médicos de urgência e emergência no último dia 1º de janeiro, quando a categoria decidiu enfrentar a Prefeitura de Aracaju e não aceitar a redução do valor de R$100 por hora trabalhada para R$75. O encerramento do contrato provocou um caos no atendimento à população.