A 1ª suplente de deputada estadual e integrante do Movimento Mulheres de Peito, Sheyla Galba, anunciou nesta quarta-feira, 15, que é pré-candidata a vereadora por Aracaju. Através das redes sociais, ela afirmou que vem lutando por um tratamento digno contra o câncer há alguns anos e que essa batalha deve ser levada à esfera política nas eleições deste ano.
“Durante meu tratamento contra o câncer vi de perto os problemas de falta de medicação, quebras constantes da máquina de radioterapia, grande fila para o tratamento, falta de políticas públicas para a prevenção e tratamento e quase nada sendo feito para os cuidados paliativos. Em 2018, fui convencida de que poderia ser uma voz ativa na Assembleia e me candidatei a deputada estadual obtendo 11.969 em todo o Estado e 7.474 votos em Aracaju. Ou seja, as pessoas compreenderam nossa luta”, lembrou Sheyla.
Ela garante que a luta contra o câncer será uma das suas bandeiras de campanha. Sheyla lembra que em Sergipe são diagnosticados 5 mil novos casos câncer todos os anos. De acordo com ela, falta à Prefeitura políticas de atuação de prevenção fortes nas nossas escolas e melhor acolhimento às famílias nas UBS, por exemplo. “A nossa atenção básica precisa atuar para que a gente diminua os índices de pessoas com câncer. Precisamos desenvolver campanhas de conscientização em toda a esfera municipal. Por si só, o tema câncer é gigantesco e merece um debate amplo e sério da parte de toda a sociedade”, afirmou Sheyla.
A pré-candidata a vereadora critica ainda a falta de debates de interesse para a população e o baixo número de mulheres na Câmara. “Eu acredito na renovação de nomes e ideias. Acredito que a Câmara de Aracaju pode ser um local de debates mais interessantes para a sociedade. Os debates que estamos vendo nos últimos anos interessam realmente ao Aracaju? Outro fato que temos de lamentar são os episódios de piadinhas e ironias na Câmara de Vereadores de Aracaju contra nossas vereadoras. Graças a Deus tínhamos mulheres fortes e guerreiras como Emília e Kitty que combateram isso. Confio que nestas eleições vamos reverter este quadro e aumentar o número de mulheres no parlamento”, disse.
Ainda segundo Sheyla, a luta por um tratamento digno já rendeu alguns resultados para a população como um todo. “Ainda estamos longe do ideal. Mas a luta pela redução da fila, a falta de medicamentos e, principalmente, toda a chegada da carreta da mulher resultaram numa melhoria do atendimento. A população compreendeu a nossa luta. Mas muito ainda precisa ser feito e deve ser feito, temos recursos o que falta é vontade política”, destacou.
Da assessoria.