Só 15 senadores ratificaram suas assinaturas a favor da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar os atos extremistas do 8 de Janeiro.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu ao Supremo Tribunal Federal que a lista inicial elaborada pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), que já tinha número de assinaturas suficientes para abrir a CPI, foi aberta em uma legislatura passada. Por isso, precisaria de ratificação dos congressistas neste novo quadriênio.
Das 44 assinaturas alcançadas na legislatura passada, só 15 confirmaram a adesão à CPI. 9 senadores retiraram seus nomes. E outros 20 não tomaram uma ação em relação a suas adesões. Na prática, deixaram de assinar a nova relação de apoiamentos.
Como o Poder360 mostrou, Pacheco fez uma série de contatos antes do Carnaval para medir a temperatura no Senado sobre a criação ou não da comissão.
Escutou de colegas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que as assinaturas feitas durante a legislatura anterior, ainda em janeiro, não poderiam ser automaticamente ratificadas para abrir a CPI no período legislativo que se iniciou em 1º de fevereiro.
O caminho preferencial dos governistas era deixar o assunto da CPI se esgotar sozinho. Sem repercussão pública, não haveria pressão para Pacheco ler o pedido no plenário e criar a comissão.
No entanto, o grupo que apoia a abertura da CPI instou Pacheco a seguir o regimento à risca. Com isso, senadores próximos ao Palácio do Planalto optaram por retirar suas assinaturas do pedido de senadora.
Fonte: Poder 360