Da redação, AJN1
O Tribunal de Justiça de Sergipe ouviu na manhã desta segunda-feira (28), mais três testemunhas arroladas no escândalo das Verbas de Subvenções, durante a segunda audiência de instrução penal movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra os deputados Paulo Hagenbeck [o Paulinho das Varzinhas (PT do B)], e Augusto Bezerra (DEM). A audiência ocorreu no 8º andar do TJ, a portas fechadas.
A primeira testemunha do dia interrogada foi o gerente do Banco do Estado de Sergipe (Banese), José Vadson Rodrigues. Ele estava na gerência da agência Central vinculada à Assembleia Legislativa (Alese) no ano de 2014.
Segundo o depoimento, naquele ano José foi procurado pela presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Nova Veneza (Amanova), Clarissa Juvenina, e pelo empresário Nolet Feitosa. Os dois foram ao banco para reabrir a conta da instituição que recebeu várias verbas de subvenções sociais da Alese.
José informou que o dinheiro foi sacado por meio de cheques assinados pelo então deputado Augusto Bezerra. No momento do saque, afirma a testemunha, estavam presentes na agência a presidente da Amanova, Clarissa, a tesoureira Alessandra, Nolet e o próprio deputado Augusto Bezerra.
Em juízo, José disse ainda que chegou a ser procurado pelo deputado e por seu advogado antes do depoimento concedido, à época, à Justiça Eleitoral, para que ele não dissesse nada na Justiça sobre a presença do parlamentar no momento dos saques.
Ainda foram ouvidas duas testemunhas, dois senhores que teriam recebido cheques em nome da Associação e destinados a Nolet.
A audiência de instrução com as testemunhas termina na próxima sexta-feira (2), com depoimento de mais uma testemunha.
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