Da redação, AJN1
A vereadora eleita por Aracaju, Sheyla Galba (Cidadania), precisava decidir, desde que foi eleita no último dia 15 de novembro, entre cumprir seu mandato como parlamentar na Câmara Municipal pelos próximos quatro anos ou ocupar a vaga deixada na Assembleia Legislativa (Alese) pelo deputado estadual Dilson de Agripino (Cidadania), que venceu a eleição para o cargo de prefeito do município de Tobias Barreto. A dúvida era cruel e mexia diretamente com os interesses de partidos envolvidos em suplências.
Na Alese, como primeira suplente, ela poderia, juridicamente, optar em assumir como deputada, tendo mais dois anos pela frente até o término do mandato.
Reflexiva, Sheyla, que é ativista pelos direitos das pessoas oncológicas, decidiu legislar na Câmara Municipal. Caso optasse pela Alese, a vacância de vereadora seria preenchida por Layse Santiago (Cidadania), primeira suplente. Mas já que escolheu pela Câmara, quem assume a vaga na Alese é o segundo suplente, João Marcelo (PTC).
“Não foi uma decisão fácil. Desde 15 de novembro que eu estava nesse impasse em estar deputada ou estar vereadora. Durante esses dias, estive pensativa. Ouvi família, partido, mas a decisão era única e exclusiva minha. Desus conversou comigo e ele disse que ‘eu deveria arrumar a casa’ e o sentido de arrumar a casa era arrumar Aracaju. Nós, pacientes com câncer, não temos vez em Aracaju. Aracaju não tem responsabilidade com a gente. Estarei vereadora por Aracaju porque essa é a vontade de Deus”, disse Sheyla, em entrevista à TV Sergipe.