Da redação AJN1
O líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), recebeu telefonema do presidente da República Michel Temer (PMDB) ontem (13), agradecendo o empenho e as articulações após a vitória governista na votação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a qual rejeitou, por 40 votos a 25 e uma abstenção, o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização da Câmara dos Deputados para que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue a denúncia de corrupção passiva contra Temer.
Segundo André, o presidente estava muito satisfeito e feliz com a vitória, classificada por ele como “elástica” e “maiúscula”. Agora, de acordo com o líder, o governo não tem pressa de votar a matéria no plenário e a oposição é quem precisa colocar 342 em favor da denúncia.
Temer, segundo a assessoria do Planalto, assistiu à votação em seu gabinete ao lado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), e com alguns deputados da base.
Manobra
Ontem, o Planalto teve que “remar” para articular com a base aliada que estivessem na comissão apenas parlamentares com voto declaradamente a favor da Presidência. Isso só foi possível porque houve uma verdadeira manobra escancarada – permitida pelo regimento da Câmara dos Deputados -, um verdadeiro troca-troca às vésperas do debate.
Com isso, dos 66 parlamentares que compõem a CCJ, 25 foram remanejados de última hora, sendo que 14 deles, titulares. Toda manobra foi articulada por Temer com ajuda de André Moura e outros aliados, visando garantir os 34 votos necessários para rejeitar a denúncia.
