Da redação, AJN1
Na manhã desta segunda-feira (2), os deputados estaduais Luciano Bispo, presidente da Assembleia Legislativa (Alese), Garibalde Mendonça e Zezinho Guimarães, todos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), estiveram na sede da Polícia Federal, em Aracaju, com o objetivo de prestar depoimento sobre a ação coordenada pelo Ministério Público Eleitoral que investiga supostas candidaturas laranjas praticadas por sete candidatas de três partidos nas eleições de 2018. Além do MDB, o PSDB e PSB são citados.
De acordo com a procuradora eleitoral Eunice Dantas, no que tange ao MDB, uma candidata teria recebido R$485 mil para a campanha, sendo R$418 mil destinados ao setor de marketing. O fato chamou a atenção do MPE porque tamanho investimento foi considerado incompatível com as ações praticadas durante a campanha.
A investigação segue a linha de que os partidos, supostamente, passaram a indicar mais mulheres como candidatas, mas apenas para “constar” e evitar que fossem punidos por não cumprirem o percentual mínimo da legislação eleitoral.
A assessoria jurídica do MDB disse que vai aguardar a conclusão das investigações para falar sobre o assunto.
O processo corre em segredo de justiça.
“Laranja”
A expressão “laranja” costuma ser empregada para retratar alguém que assume uma função no papel, mas não na prática. Na política, um candidato laranja seria um candidato de fachada – que entra nas eleições sem a verdadeira intenção de concorrer, mas para servir a outros interesses.
Além de burlar a lei de cotas, as candidaturas laranjas servem para que recursos do fundo de campanha sejam repassados a candidatos homens.