Durante depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira,2, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que utilizou uma “metáfora” quando disse que “todo mundo” tinha uma minuta do golpe em casa. “Era apenas uma força de expressão”, declarou.
No depoimento prestado, o presidente do PL também contou que recebeu “duas ou três propostas” da “minuta do golpe”. Em seguida, ele disse que “simplesmente moía” os textos.
Em outro trecho do depoimento, Valdemar relatou que “nunca levou ao conhecimento do partido [a existência da minuta]” e que não tratou do assunto com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sobre a relação com Anderson Torres, Valdemar contou que durante o governo de Bolsonaro foi “apenas uma vez” ao Ministério da Justiça, que “não tinha relações com Anderson Torres”.
Torres foi preso no dia 14 de janeiro por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-ministro da Justiça é investigado por suspeita de omissão e conivência durante os atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro.
O pedido da PF para ouvir Valdemar ocorreu após o presidente do PL afirmar que várias pessoas próximas ao governo tinham,em suas casas, propostas similares à “minuta do golpe”. O documento foi encontrada pelos agentes da PF na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal.
Ao final da oitiva, Valdemar colocou à disposição o seu celular para que o aparelho seja analisado pelos peritos da PF.
Fonte: Terra
