A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesse domingo (5), a importação de 2.600 frascos de Fomepizol, antídoto para casos de intoxicação por metanol. O medicamento não tem registro no Brasil, por isso está sendo importado de forma emergencial.
São 2.500 frascos adquiridos pelo Ministério da Saúde e 100 frascos doados pelo fabricante.
No sábado (4), o Ministério da Saúde também iniciou a distribuição de etanol farmacêutico. As 580 ampolas foram enviadas para Pernambuco (240), Paraná (100), Bahia (90), Distrito Federal (90) e Mato Grosso do Sul (60), que pediram reforço no estoque.
Crise do metanol no Brasil repercute na imprensa internacional
A intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas destiladas no Brasil provocou repercussão internacional e mudanças nos hábitos de consumo, com consumidores evitando cachaça, gim e vodca. A crise sanitária ganhou destaque em portais e canais de televisão de Estados Unidos, Reino Unido, França e Índia, que relataram “pânico entre brasileiros” e alertaram para a queda no consumo de caipirinhas em bares e restaurantes.
O britânico The Independent destacou o “pânico” entre os brasileiros ao consumir bebidas destiladas na noite que abriu o fim de semana, com preferência por cervejas e vinhos. O canal norte-americano ABC News afirmou que alertas de autoridades e médicos “causaram pânico” e resultaram em menor movimentação em regiões antes agitadas de São Paulo, epicentro da crise.
O France 24 afirmou que as “caipirinhas estão canceladas” e ressaltou que muitas pessoas evitam gim, vodca e cachaça, a base da tradicional bebida brasileira. Em contato com consumidores e donos de bares, o canal destacou a preocupação crescente com a segurança das bebidas.
O jornal indiano The Week relatou que alguns estabelecimentos chegaram a suspender temporariamente a venda de bebidas destiladas, enquanto outros mudaram o cardápio para oferecer coquetéis sem destilados. A reportagem enfatizou que a crise gerou mudanças rápidas no comportamento dos consumidores e preocupação entre empresários do setor.
A rádio francesa RFI também repercutiu o episódio, destacando que a tradicional caipirinha foi deixada de lado e que a população buscava alternativas mais seguras, como vinhos e cervejas, diante do temor de contaminação.
Fonte: R7