ARACAJU/SE, 30 de julho de 2025 , 5:06:13

Aracaju tem risco médio para dengue, zika e chikungunya

 

O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em Aracaju subiu para 2,1%, aumento de 0,6% em relação ao levantamento anterior, realizado em maio. Os dados são do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), conduzido entre 7 e 11 de julho pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O resultado indica risco médio para surtos de dengue, zika e chikungunya na capital.

Entre os 48 bairros da capital, 16 foram classificados como de baixo risco, 28 como médio e quatro como alto risco de infestação: Grageru (6,1%), Porto D’antas (5,3%), Capucho (5,0%) e Salgado Filho (4,8%). O levantamento identificou que os criadouros mais comuns seguem sendo depósitos de água para uso doméstico (48%), vasos e pratos de plantas (37%) e lixo e entulhos descartados irregularmente (6%).

Segundo a SMS, o aumento está ligado à combinação de chuvas frequentes e à presença de criadouros dentro das residências. A coordenadora da Vigilância em Saúde, Duanne Marcele, destaca que os feriados prolongados e a ausência das famílias nas residências contribuíram para a elevação dos focos.

“Nesse período, muitas famílias aproveitam o feriado prolongado para viajar e não tomaram as precauções mínimas. A gente observa que os principais focos estão dentro das casas, como tonéis, caixas d’água e pratinhos de plantas. A água limpa e parada continua sendo o principal fator para a reprodução do mosquito. Nesse período em que muitas vezes”, alerta.

Embora apenas quatro bairros estejam em situação de alto risco, o esforço é coletivo. “Os principais criadores acontecem dentro de casa. Nossa média está controlada, mas não podemos amenizar. Estamos intensificando ações nos pontos críticos e orientando a população sobre a importância de cuidar de depósitos de água e descartar lixo adequadamente”, ressaltou Duanne.

Entre maio e julho, agentes de endemias intensificaram visitas domiciliares, bloqueios com fumacê costal, mutirões e aplicação de inseticida, em parceria com a Emsurb.

A SMS reforça que, embora o trabalho de campo esteja sendo feito de forma contínua e estratégica, a participação da população é decisiva para o controle do Aedes aegypti. A abertura das residências para os agentes, a verificação de possíveis focos e a eliminação de água parada são atitudes simples que fazem toda a diferença na prevenção de doenças.

*Com informações AAN

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