Você já ouviu falar sobre a poluição causada por antibióticos? Esse é um tópico ainda pouco debatido, mas que merece a nossa atenção. O problema contribui para a resistência das bactérias a esse tipo de medicamento.
Frente a isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o primeiro guia de instrução para a indústria farmacêutica, com orientações sobre o manejo correto dos rejeitos produzidos na fabricação de antibióticos.
O documento aponta soluções para resíduos sólidos e para a água descartada pelas fábricas. A instituição também faz um alerta para a urgência de leis referentes ao tema. “Apesar da ampla documentação sobre os altos níveis de poluição por antibióticos, o problema raramente conta com regulamentação e os critérios que asseguram qualidade geralmente não falam sobre emissões no meio ambiente”, diz um comunicado da OMS. Além disso, a instituição frisa que a indústria farmacêutica não orienta a população sobre o descarte correto de antibióticos que não foram consumidos.
“Os rejeitos farmacológicos da fabricação de antibióticos podem facilitar o crescimento de novas bactérias resistentes a medicamentos, que podem se espalhar globalmente e ameaçar nossa saúde. Controlar a poluição causado pela produção de antibióticos contribui para que esses remédios que salvam vidas continuem sendo eficazes para todos”, alerta Yukiko Nakatani, diretor-geral assistente da OMS e diretor-geral interino para assuntos referentes à resistência antimicrobiana (AMR).
Recentemente, um estudo publicado na revista científica The Lancet revelou que, entre 1990 e 2021, mais de um milhão de pessoas morreram por ano devido à resistência a antibióticos. Até 2050, estima-se que o problema causará outros 39 milhões de óbitos.
Fonte: Galileu