ARACAJU/SE, 1 de outubro de 2025 , 17:07:08

Estudo revela que 99% das pessoas que sofrem ataque do coração têm ao menos um fator de risco

 

Antes de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco, derrame ou insuficiência cardíaca, provavelmente ela apresentava alguns fatores de risco que indicavam a maior chance de ter esse problema de saúde. É o que revela um estudo publicado no The Journal of the American College of Cardiology, na última segunda-feira (29).

A pesquisa foi liderada pela empresa Northwestern Medicine, baseada em Chicago, e pela Universidade Yonsei, na Coreia do Sul. A equipe analisou os exames de saúde de aproximadamente 9 milhões de coreanos e 7 mil americanos. As evidências sugerem que as pessoas recebem sinais de alerta da saúde antes de sofrerem com um ataque cardíaco.

“Acreditamos que o estudo mostra de forma muito convincente que a exposição a um ou mais fatores de risco não ideais antes desses resultados cardiovasculares é de quase 100%”, disse Philip Greenland, professor de cardiologia e autor do estudo, em comunicado. “O objetivo agora é trabalhar mais arduamente para encontrar maneiras de controlar esses fatores de risco modificáveis, em vez de se desviar do caminho e perseguir outros fatores que não são facilmente tratáveis ​​e não são causais”.

Quais são os sinais de alerta?

Os principais fatores de risco cardiovascular definidos pelos pesquisadores foram alterações na pressão arterial, colesterol alto, açúcar no sangue e tabagismo. Usando como referência os dados da American Heart Association, a equipe identificou alguns valores alterados que serviram como sinais de alerta em indivíduos que desenvolveram Doença Arterial Coronariana (DAC), Insuficiência Cardíaca (IC) e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Pressão arterial com valores iguais ou maiores que 120/80 mmHg pode indicar um fator de risco. Além disso, colesterol sendo igual ou maior que 200 mg/dL, glicemia em jejum com valores iguais ou maiores que 100 mg/dL e uso de tabaco são indicativos de problemas de saúde, podendo levar ao desenvolvimento de DAC, IC e AVC.

Os pesquisadores também avaliaram valores clinicamente utilizados para diagnosticar doenças, sendo eles, pressão arterial maior ou igual a 140/90, colesterol igual ou acima de 240, glicose com valores iguais ou maiores que 126 e o tabagismo. Foram avaliados os exames de saúde dos participantes durante duas décadas.

A equipe analisou os exames feitos pelos participantes ao longo dos anos — check-ups regulares que mediam pressão, colesterol, glicose e perguntavam sobre tabagismo. Dessa forma foi possível avaliar o histórico de saúde das pessoas antes de qualquer uma delas apresentar um problema cardiovascular como infarto.

Como resultado, em mais de 99% dos casos analisados as pessoas apresentaram pelo menos um fator de risco antes de desenvolverem insuficiência cardíaca, derrame ou doença coronariana. Em mais de 93%, os indivíduos apresentaram dois ou mais fatores de risco antes de ter algum problema cardiovascular.

Na Coreia do Sul, mais de 95% dos pacientes foram afetados por fatores como pressão alta ou hipertensão e nos EUA, mais de 93%. Considerado um grupo de menor risco, mulheres com menos de 60 anos apresentaram pelo menos um sinal de alerta antes de ter um problema cardiovascular. O padrão se manteve para pessoas que tinham alterações elevadas nos exames de saúde — antes do primeiro problema cardiovascular, 90% dos pacientes exibiram pelo menos um fator de risco.

Fonte: GALILEU

 

 

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