ARACAJU/SE, 11 de agosto de 2025 , 17:41:06

Frankenstein: confira o que até o momento se sabe sobre a nova variante do coronavírus

 

No mês passado, a variante XFG do coronavírus, que circula no Reino Unido, foi identificada no Brasil. Por ser uma recombinação de duas variantes ômicron – a LF.7 e LP.8.1.2 –, ela foi apelidada de Frankenstein.

Os sintomas da Frankenstein não se diferenciam tanto dos tradicionais da covid-19. Febre, dor muscular, tosse, resfriado, mal-estar e dor de cabeça estão entre as principais queixas. Até o momento, não há sinais de que a variante cause formas mais graves da doença.

“As recomendações com a nova variante circulando seguem as mesmas: manter a vacinação em dia, evitar o contato com pessoas apresentando doença respiratória, uso de máscara e maior isolamento das pessoas doentes”, explica o virologista e professor Fernando Spilki, da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul.

Sintomas da covid-19

Os sinais originais da covid-19, como perda de olfato, mudaram muito desde o início do perído pandêmico.

Atualmente, os sintomas mais comuns são muito semelhantes com os de uma gripe: coriza, tosse e dores de cabeça e garganta lideram a lista de relatos dos pacientes.

A principal diferença para a gripe é que a presença de febre, em casos leves de Covid-19, é rara.

Pessoas infectadas com variantes derivadas da JN.1 também têm relatado entre os principais sintomas a insônia e uma sensação de preocupação e ansiedade.

Transmissibilidade da variante Frankestein

Estudos iniciais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com autoridades brasileiras indicam que a XFG causou um aumento de infecções por covid-19, especialmente no início de julho. “Isso é a corrida evolutiva que vemos desde o princípio, o vírus vai sofrendo seleção que usualmente resulta em um ganho paulatino de transmissibilidade”, afirma Spilki.

Ensaios laboratoriais revelaram que a variante Frankestein apresenta algum escape dos anticorpos gerados contra variantes anteriores. No entanto, isso não é um comportamento novo e trata-se de uma característica esperada de evolução viral.

O que diz a OMS sobre a variante Frankenstein?

Até o momento, a nova variante já foi relatada em 38 países e sua presença global aumentou rapidamente, saltando de 7% para 22% dos casos sequenciados em apenas três semanas. O avanço é mais evidente na Ásia, Europa e Américas.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a XFG como uma nova variante sob monitoramento (VUM), ou seja, ela ainda não é considerada de alto risco, mas deve ser acompanhada de perto pelas autoridades sanitárias.

Fonte: Metrópoles

 

 

Você pode querer ler também