ARACAJU/SE, 23 de agosto de 2025 , 14:09:39

Ministério da Saúde lança camisinha masculina texturizada

 

Além de continuar fornecendo o modelo tradicional de camisinha, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição gratuita de duas novas versões do preservativo masculino: a texturizada e a fina. A novidade foi divulgada em 13 de agosto.

Segundo a agência gov, os novos preservativos buscam aumentar o uso especialmente entre jovens, e reforçar a prevenção contra o HIV, hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A instituição reforça também que utilização evita gestações não planejadas.

Em uma postagem no perfil oficial do Ministério da Saúde no Instagram, o médico infectologista Ricardo Kores, que faz sucesso nas redes sociais com vídeos educacionais sobre saúde, fez um “unboxing” da camisinha texturizada.

“RECEBIDOS? Sim, chegou pra mim e pra vocês! A nova camisinha do @minsaude é TEXTURIZADA e foi criada como medida para aumentar e incentivar o uso do preservativo, principalmente entre os jovens”, explicou o médico, na postagem.

“Querem minha opinião? Eu achei MUITO boa”, acrescentou. “Querem uma dica? Busque a sua na Unidade de Saúde mais próxima de você. SABE QUANTO CUSTA? NA-DA, é totalmente de graça. SUS, né?”.

E o médico ainda deu o seguinte conselho para aumentar ainda mais a proteção: “Combine preservativo com gel lubrificante, PrEP, DoxiPEP, vacinação, exames regulares e acompanhamento médico”, disse.

Camisinha comum X texturizada: qual é a diferença?

Conforme o Ministério da Saúde, tanto a camisinha texturizada quanto a fina têm a mesma eficácia de proteção que a versão anterior. Até então, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecia dois tipos de camisinha: a masculina comum, feita de látex, e a feminina, de látex ou borracha nitrílica. A expectativa é de distribuição de 400 milhões de unidades de preservativos neste ano.

Enquanto o preservativo fino gera maior sensação de contato devido à menor espessura, o diferencial da camisinha texturizada são os relevos na superfície projetados para proporcionar maior estímulo e prazer durante o sexo. Procurando aumentar a acessibilidade, a embalagem do produto distribuído pelo SUS contém linguagem braille.

O intuito de lançar duas novas camisinhas é combater dois problemas principais: a queda no uso de preservativos, sobretudo entre jovens, apontada por dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE 2019) e por relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS/2024); e a baixa solicitação desses insumos por estados e municípios após a pandemia de covid-19.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, sugere que usaram camisinha em todas as relações sexuais somente 22,8% pessoas com 18 anos ou mais que tiveram relação sexual nos 12 meses anteriores. Outras 17,1% afirmaram usar às vezes, e 59% dos entrevistados relataram não usar nenhuma vez.

Fonte: Revista Galileu

 

 

 

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