Da AAN
O município de Aracaju é referência no Brasil quando o assunto é Saúde Mental, na tarde desta quarta-feira, 24, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inaugurou a Unidade de Acolhimento Adulto para atender usuários de álcool e outras drogas, buscando a reinserção social.
A unidade ofertará acolhimento voluntário e cuidados contínuos para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de vulnerabilidade, seja ela social ou familiar, e que demandem acompanhamento terapêutico e protetivo. Fruto de uma parceria entre a SMS e a Organização Não Governamental Centro Integrado Raio de Sol (Ciras), a unidade vai contar com uma equipe multidisciplinar formada por terapeuta ocupacional, cuidadores em saúde, pedagogo e psicólogo.
O secretário Municipal de Saúde, Luciano Paz, destaca que o objetivo é acolher os usuários de forma humanizada. "Na verdade, aqui é uma estrutura de acolhimento humanizada porque você está dentro de uma casa de família, então a nossa intenção é que as pessoas que vierem possam ser acolhidas por uma família que tratem elas como seres humanos, que respeitem sabendo das suas limitações. Porque na sociedade existe uma intolerância com essas pessoas. O nosso trabalho é acolhê-las, inseri-las na sociedade, mas tratando-as como elas são", disse Luciano.
O coordenador da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Leon Garcia, que o principal objetivo é aproximar os gestores do município para uma política de drogas intersetorial. "O nosso papel foi desenvolver um trabalho com a Prefeitura de Aracaju para aproximar os gestores da Saúde, e outros gestores, para fazer uma política de drogas intersetorial, porque a gente quer que as pessoas que mais têm problemas com drogas também tem problemas de inserção social, então se a gente não atuar nas duas frentes ao mesmo tempo, a gente não vai conseguir resolver o problema das drogas", destacou.
A secretária municipal de Defesa Social e Cidadania, Georlize Teles, afirma que a unidade é um espaço acolhedor para os usuários. "A gente está vendo um espaço bonito, um espaço que acolhe, mas o que vai acolher muito mais que o espaço somos nós, seres humanos. É a doação de cada um nesse espaço que vai fazer dele efetivamente bonito, ambientar é fácil, colocar o coração e a alma isso é próprio do ser humano, isso é próprio de quem opera aqui e eu tenho certeza que a equipe certamente trará o coração e a alma", afirmou.
A coordenadora da Unidade de Acolhimento, Mairla Protázio, explica que é um serviço que não é aberto a comunidade, pois há um trabalho conjunto com o CAPS AD Primavera e do CAPS Infantil . "O objetivo do trabalho aqui é que a gente possa dar uma ajuda e um segmento maior no projeto de vida daquele usuário que precisa reestruturar a vida familiar, social, que está em algum tipo de vulnerabilidade social ou familiar e precisa de acompanhamento mais terapêutico também".
"Para ser encaminhado para essa Unidade, o usuário tem que já estar fazendo acompanhamento no CAPS AD e a equipe multiprofissional de lá conversa com a equipe dessa unidade de acolhimento juntamente com o usuário e pergunta se tem interesse de vim, como aqui tem um caráter residencial, que seja voluntário mesmo, que a pessoa tenha interesse, que a gente possa construir o projeto de vida deles. É um serviço para a partir dos 18 anos, é uma unidade de acolhimento adulto, misto (homens e mulheres) e são 10 vagas", finalizou a coordenadora.