ARACAJU/SE, 8 de janeiro de 2025 , 16:59:42

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Saiba o que é o metapneumovírus, que está por trás da alta do número de viroses na China

 

O metapneumovírus humano (hMPV) tem atraído atenção crescente na mídia devido ao aumento de casos no norte da China nas últimas duas semanas. Conforme relatado pelo jornal britânico The Guardian, o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) emitiu um alerta pedindo à população que intensifique os cuidados para prevenir a propagação do vírus e adote as tradicionais medidas de proteção à saúde.

Diante desse cenário, podem surgir preocupações sobre uma possível nova pandemia. No entanto, embora o hMPV seja uma doença infecciosa emergente que demanda vigilância, especialistas ressaltam que “não há motivo para pânico”. Saiba mais sobre como ocorre sua transmissão e quais são os sintomas associados.

O que é o hMPV?

Identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, o metapneumovírus humano (hMPV) pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (RSV), conhecido por provocar o comum resfriado. Esse vírus afeta o sistema respiratório e pode causar sintomas típicos de infecções respiratórias como tosse, febre, congestão nasal e dificuldade para respirar. Com um período de incubação de três a cinco dias, ele pode ser transmitido antes mesmo da manifestação dos sintomas.

Embora a infecção possa atingir pessoas de todas as idades, ela é especialmente preocupante para crianças pequenas, idosos e indivíduos com baixa imunidade, aumentando o risco de complicações mais graves, como pneumonia e crises de asma.

Estima-se que o hMPV seja responsável por aproximadamente 10% a 12% das infecções respiratórias em crianças. Devido à semelhança de seus sintomas com os do resfriado comum, a maioria das infecções por esse vírus acaba sendo diagnosticada como resfriado, e, diferentemente da gripe ou da Covid-19, não exige uma notificação obrigatória.

Cenário atual

Especialistas explicam que o metapneumovírus humano (hMPV) se dissemina com mais facilidade nesta época do ano. Surtos sazonais são recorrentes no final do inverno e início da primavera em países como Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Noruega e Finlândia. Segundo Li Tongzeng, médico-chefe do Departamento de Doenças Respiratórias e Infecciosas do Hospital You’an de Pequim, em entrevista ao Global Times, o hMPV inclusive prevalece nos Estados Unidos e se propaga de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias.

Por isso, comparar o hMPV com a covid-19 é incorreto, já que o hMPV circula há várias décadas e a população mundial já possui certo nível de imunidade devido a infecções anteriores.

“Não acho que estejamos necessariamente preocupados com uma pandemia com esse vírus, mas o aumento de casos e o impacto que ele está tendo são significativos”, disse Paul Griffin, diretor de doenças infecciosas do Mater Health Services em Brisbane, na Austrália, em entrevista ao The Guardian. “Uma boa lição pode ser tirada (da pandemia) para reduzir a disseminação, principalmente porque não temos vacinas ou antivirais para hMPV”.

No que se refere ao tratamento, não há medicamentos específicos para o metapneumovírus humano. A maioria das pessoas pode gerenciar os sintomas em casa, permanecendo isolada até a recuperação completa. Assim, as orientações para prevenir a infecção pelo hMPV são semelhantes às recomendadas para outras doenças respiratórias: lavar as mãos com frequência, evitar o contato próximo com pessoas resfriadas e não tocar o rosto, especialmente olhos, nariz e boca. Além disso, o uso de máscara em ambientes fechados ou com aglomerações é uma medida preventiva recomendada.

Fonte: Galileu

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