ARACAJU/SE, 6 de outubro de 2024 , 11:26:42

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Uma em cada três crianças no mundo tem miopia, aponta estudo

 

Em 2023, mais de um terço das crianças no mundo era míope, e essa porcentagem deve crescer para quase 40% até 2050, conforme uma pesquisa recente divulgada no British Journal of Ophthalmology.

A miopia, que afeta a capacidade de enxergar objetos distantes claramente, apresentou um aumento significativo entre crianças e adolescentes nas últimas três décadas. O estudo apontou que a prevalência da condição subiu de 24% em 1990 para quase 36% em 2023.

Pesquisadores da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou, China, analisaram dados de 276 estudos que envolveram mais de 5,4 milhões de jovens em 50 países ao redor do mundo.

Embora o crescimento tenha sido gradual, houve um aumento expressivo após a pandemia de covid-19. As disparidades regionais também foram ressaltadas pelos estudiosos.

A miopia se tornou uma preocupação de saúde pública global, especialmente em países do Sudeste Asiático, como Singapura, China e Taiwan, onde o crescimento da condição foi mais acentuado. No Japão, 86% das crianças são míopes, seguido pela Coreia do Sul, com 74%. Crianças que vivem em áreas urbanas e meninas têm uma maior incidência da condição do que meninos e residentes de áreas rurais.

Os especialistas destacam que crianças mais jovens são mais suscetíveis a influências do ambiente, particularmente aquelas em idade pré-escolar, um período crucial para o desenvolvimento da visão.

Para o futuro, a expectativa é que o número de casos de miopia continue a subir, atingindo 36,6% em 2040 e 39,8% em 2050. No entanto, os pais podem ajudar a proteger a visão dos filhos ao incentivá-los a adotar práticas de cuidado ocular.

Os pesquisadores recomendam que as crianças aumentem o tempo dedicado à atividade física e reduzam o tempo gasto em atividades sedentárias, como ver televisão ou jogar videogames. Também sugerem a diminuição da carga de dever de casa e a promoção de exames oftalmológicos regulares para diagnóstico e tratamento precoces.

Fonte: Conexão Política

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