ARACAJU/SE, 30 de julho de 2025 , 12:02:59

Funcionários dos Correios entram em greve

Da redação, AJN1

Funcionários dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (11).  A paralisação foi decretada na noite desta terça-feira (10) em assembleias realizadas em diferentes estados do país. Até às 13h de hoje, sindicatos de 20 estados e do DF confirmaram adesão ao movimento. Em Sergipe, mais de 700 trabalhadores cruzaram os braços.

A categoria cobra reajuste salarial e se posiciona contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Jair Bolsonaro.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a intenção do governo e da direção dos Correios é acabar com os benefícios da categoria.

“Por isso se negam a negociar o Acordo Coletivo. Os trabalhadores dos Correios foram empurrados a uma encruzilhada histórica: ou lutam ou perdem o que conquistaram em anos de batalhas duríssimas. Eles querem reduzir radicalmente salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios “, diz um trecho da nota enviada à imprensa.

O que diz a estatal

Em nota, a direção nacional dos Correios informa que a paralisação parcial dos empregados não afeta os serviços de atendimento da estatal.

“A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas. Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira hoje mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente.”

A direção diz ainda que, conforme amplamente divulgado, os Correios estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade.

“Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa.

Vale ressaltar que, neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira”, conclui o texto.

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