ARACAJU/SE, 22 de fevereiro de 2025 , 5:49:39

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Queda de cabelo em mulheres: causas, prevenção e tratamentos

 

A queda de cabelo é uma preocupação frequente entre mulheres de diversas idades, afetando não só a aparência, mas também a autoconfiança e o bem-estar emocional. Diversos fatores, como desequilíbrios hormonais, estresse e alimentação inadequada, podem contribuir para esse problema. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aproximadamente 30% das mulheres entre 45 e 60 anos sofrem com essa condição no Brasil. Apesar da perda capilar ser mais frequente em homens, as mulheres também podem ser impactadas, apresentando padrões distintos de queda.

A dermatologista Thâmara Morita, docente do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), explica que as principais causas da perda capilar em mulheres são a alopecia androgenética e o eflúvio telógeno. “O eflúvio telógeno é um tipo de queda temporária que ocorre cerca de dois a três meses após eventos como parto, cirurgias, infecções graves ou doenças prolongadas. Já a alopecia androgenética afeta homens e mulheres de formas diferentes: enquanto nos homens há uma retração da linha capilar e rarefação na coroa, nas mulheres o afinamento dos fios ocorre principalmente no topo da cabeça”, esclarece.

Influência hormonal e alimentação

Alterações hormonais, como as que ocorrem na menopausa e na síndrome dos ovários policísticos, também podem impactar a saúde capilar feminina. “Na menopausa, a redução dos hormônios leva ao afinamento dos fios, deixando-os mais frágeis e sem brilho. Já em mulheres com síndrome dos ovários policísticos, a queda de cabelo pode ser mais intensa, acompanhada pelo aumento do crescimento de pelos em regiões como o rosto”, ressalta a especialista.

Além disso, a alimentação desempenha um papel fundamental na manutenção dos fios. Uma dieta deficiente em nutrientes essenciais pode levar ao enfraquecimento capilar. “Para fortalecer os cabelos, é essencial incluir na alimentação peixes como salmão e sardinha, fontes de ômega 3 e proteínas. Castanhas e nozes fornecem zinco, cuja deficiência pode acentuar a queda. Já folhas verde-escuras, como rúcula e espinafre, são ricas em ferro, importante para o crescimento capilar. Alimentos como ovos, iogurte e frutas ricas em vitamina C também são recomendados, pois fornecem nutrientes que evitam fios opacos e quebradiços”, orienta Thâmara.

Quando buscar ajuda especializada

Se a perda de cabelo ultrapassa a média de 100 a 150 fios por dia, há falhas visíveis no couro cabeludo ou sinais de afinamento progressivo, é essencial procurar um dermatologista. Esse profissional pode diagnosticar corretamente o problema e recomendar o tratamento adequado.

“No consultório, utilizamos um dermatoscópio, um tipo de microscópio específico para examinar detalhadamente os fios e o couro cabeludo. Com esse exame, geralmente é possível identificar a causa da perda capilar. Em casos mais complexos, pode ser necessário realizar uma biópsia do couro cabeludo, retirando pequenas amostras para análise laboratorial. Além disso, exames de sangue podem ser solicitados para avaliar os níveis hormonais”, explica a médica.

Opções de tratamento para a queda capilar

Há diversas abordagens terapêuticas que podem ser aplicadas em casa ou realizadas no consultório médico. “Uma das mais avançadas é a eletroporação, um procedimento indolor que dura menos de 20 minutos por sessão e não interfere na rotina do paciente. Outras técnicas incluem microagulhamento, lasers e a Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP), que ajudam a estimular o crescimento capilar”, detalha a dermatologista.

É possível reverter a calvície feminina?

Embora os fios já perdidos não possam ser recuperados, o uso contínuo de medicamentos e um acompanhamento adequado podem retardar o processo de afinamento capilar e melhorar a aparência dos cabelos. No entanto, a calvície feminina está associada a fatores genéticos, o que impede sua reversão completa.

“Os tratamentos disponíveis, como minoxidil, espironolactona, finasterida e dutasterida, atuam retardando a progressão da queda e melhorando a circulação sanguínea ao redor dos folículos, garantindo um maior aporte de oxigênio e nutrientes. Alguns medicamentos também reduzem os níveis hormonais responsáveis pela alopecia. Ainda que não seja possível recuperar os fios perdidos, a adesão a esses tratamentos pode minimizar os impactos da calvície. Entretanto, antes de iniciar qualquer terapia, é fundamental consultar um especialista para definir a melhor abordagem para cada caso”, finaliza Thâmara Morita.

Fonte: Asscom Unit

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