A taxa de desemprego no Brasil ficou estável e marcou 6,2% no trimestre encerrado em maio em relação ao trimestre anterior.
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa mostra que 6,8 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho.
Na comparação com igual trimestre do ano anterior, o índice caiu 1 ponto percentual (7,1%). Já em relação ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 0,6%.
A população desocupada diminuiu 8,6% (menos 644 mil pessoas) em comparação com o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (7,5 milhões).
No confronto com igual trimestre do ano anterior (7,8 milhões), apresentou queda de 12,3% (menos 955 mil pessoas).
O número de empregados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39,8 milhões. Houve estabilidade (mais 202 mil pessoas) no trimestre e alta de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano.
Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) ficou estável no trimestre e no ano.
O levantamento mostra que o número de empregados no setor público (13 milhões) teve aumento de 4,9% no trimestre e de 3,4% (mais 423 mil pessoas) no ano.
Renda média
O rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.457 e mostrou estabilidade no trimestre e crescimento de 3,1% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 354,6 bilhões) foi novo recorde, aumentando 1,8% (mais R$ 6,2 bilhões) no trimestre e 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano.
Desalentados e subutilização
A população desalentada (2,9 milhões) diminuiu 10,6% (menos 344 mil pessoas) no trimestre e 13,1% (menos 434 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,5%) recuou 0,3 ponto percentual no trimestre (2,9%) e 0,4 ponto percentual no ano (3%).
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 14,9%, uma queda de 0,8 ponto percentual no trimestre, 1,9 ponto percentual no ano.
A população subutilizada (17,4 milhões) teve redução de 4,8% (menos 879 mil pessoas) no trimestre (18,3 milhões) e recuou 10,5% (menos 2,0 milhões de pessoas) no ano (19,4 milhões).
Informalidade
A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais), contra 38,1% (ou 39,1 milhões) no trimestre encerrado em fevereiro e 38,6% (ou 39,1 milhões) no trimestre de março a maio de 2024.
Grupos de atividade
Segundo o levantamento, a análise da ocupação por grupamentos de atividade mostrou que houve aumento em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 no grupo administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,7%, ou mais 684 mil pessoas).
Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
População empregada
Segundo o IBGE, a população ocupada (103,9 milhões) aumentou 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,5%, mostrando um incremento de 0,6% no trimestre (58,0%) e variando 1 ponto percentual no ano (57,6%).
Fonte: R7